domingo, 30 de julho de 2017

As melhores séries e filmes de: JULHO #2017

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"Eu não faço ideia do que estou fazendo com a minha vida".
Olá, pessoinhas marotas! Como vocês estão?

É o fim do mês de julho, e agora vamos entrar no eterno mês de agosto, que dura aprox. 4 meses. Talvez nesse mês infinito eu tenha tempo de ler mais livros, ver minhas séries e escrever meu TCC (tarefa na qual falhei em julho). De fato nas férias não assisti muita coisa, mas sinceramente vi muita coisa de qualidade!

Séries


No mês passado eu li o livro O Conto da Aia (leia minha resenha sobre ele aqui) e, apesar de ter algumas críticas sobre o estilo literário da autora, eu gostei da história e decidi dar uma chance à série do Hulu baseada no mesmo, The Handmaid's Tale. A série é fantástica, e achei melhor que o livro. Me julguem.

A série conta a história de Offred (June), uma mulher que tinha uma vida completamente normal, com emprego, marido e uma filha, até que religiosos fundamentalistas deram um golpe de Estado e transformaram os EUA numa ditadura católica ortodoxa. No futuro a maior parte das mulheres ficou infértil e há uma enorme crise política e ambiental em todo o mundo. Agora Offred, uma das poucas mulheres férteis, foi separada do marido e da filha (que ela sequer sabe se estão vivos) e se tornou uma Aia: uma mulher que é designada para copular com homens importantes, para gerar prole para eles, uma vez que suas esposas são inférteis.

O livro e a série contam a mesma história, com uma ou duas cenas do livro que não estão na série e vice-versa, mas achei a narrativa da série mais organizada e linear. Não me entenda mal, narrativas não-lineares podem ser fantásticas, mas na minha opinião a autora não soube usar o recurso. Realmente adorei o seriado, que tem apenas 10 episódios.


Também estou assistindo a quinta (e última!) temporada de Orphan Black. Essa série é maravilhosa e os episódios saem semanalmente no Netflix. Basicamente, a série segue a história da Sarah Manning e suas clones. Sim! Seu nascimento se deu graças a um experimento genético, e há dezenas de mulheres iguais à ela espalhadas pelo mundo. Ela se junta a algumas delas (a cientista Cosima, a dona de casa Alison e a assassina profissional Helena, dentre outras) para descobrir que planos a empresa de engenharia genética que as criou tem para elas. É uma série incrível e já vai acabar em agosto. Vou sentir falta!



Estou quase terminando a nova temporada de Orange is the New Black, mas confesso que estou achando bem mediana. A quarta temporada foi espetacular, com acontecimentos de tirar o fôlego e um final destruidor (não darei spoilers mas, pra quem sabe o que aconteceu, ainda estou chorando por dentro). A quinta temporada está lidando com o depois do Grande Acontecimento Da Quarta Temporada (GADQT), mas estão dando muito foco nas cenas engraçadas e esquecendo de resolver o problema real. A temporada está legal, mas nunca vai superar a temporada anterior. Ainda tenho três episódios para assistir, então posso estar errada.



A nova temporada de Game of Thrones tem apenas dois episódios mas já promete horrores. Não vou dar spoilers, apenas digo que estou de queixo caído com a qualidade que a série tem conseguido manter, principalmente sendo tão cara e com tantas linhas narrativas. Ainda espero a adaptação em livro da sexta e da sétima temporada, no entanto... :P



Em janeiro desse ano eu assisti o primeiro episódio de Westworld. Meus pais tinham ido viajar, eu estava sem nada para fazer e decidi dar uma chance. AMEI o primeiro episódio, deixei os demais baixando por torrent (sou pobre) e por algum motivo me esqueci a série completamente por meses. Daí nessas férias de julho decidi ver o resto da série e CARALHO PUTA QUE PARIU MALUCO QUE ISSO JESUS CRISTO. Eu AMEI ESSA SÉRIE.

A série segue o parque temático Westworld, que imita o velho oeste e cobra $1.000 dólares dos visitantes por dia. O parque tem um diferencial: as pessoas que estrão ali para entreter os pagantes não são atores, mas sim androides extremamente realistas, cada um com aparência, história de vida e ações únicas. Nesse parque os visitantes podem caçar tesouros e bandidos, salvar as donzelas em perigo e até mesmo matar e estuprar os androides. Tudo ali é permitido, mas é claro que o fato dos robôs parecerem humanos de verdade causa certo dilema moral nas nossas mentes.

Durante os 10 episódios da série nós acompanhamos a vida de alguns visitantes do parque, como Logan, William e o Homem de Preto, também conhecemos alguns desenvolvedores do parque, como Theresa, Bernard e o criador do parque, Ford e, é claro, também interagimos com alguns dos androides, como a Dolores (uma donzela em perigo) e a Maeve (uma prostituta). 

A série é muito bem produzida, com efeitos especiais incríveis, mas o que mais me fez amar a série é o roteiro intrincado e todos os questionamentos sobre livre arbítrio e consciência que a série levanta. Aliás, caso você já tenha visto a série mas não tenha ninguém com quem conversar sobre ela (como é meu caso), vou te recomendar dois podcasts brasileiros que fizeram análises incríveis da série!

Podcasts



Já recomendei o Mamilos aqui várias vezes. É um podcast semanal no qual duas jornalistas incríveis falam sobre política, economia e outros assuntos atuais interessantíssimos, sempre com empatia e bom humor. Uma vez um e-mail meu foi lido pela Ju! Enfim, no início do ano elas excepcionalmente lançaram um programa debatendo Westworld. É um programa muito legal e o debate delas e dos convidados (dentre eles um psicólogo e um crítico de cinema) foi muito interessante de ouvir. Ouça aqui.



E é claro que o NerdCast, o podcast mais nerd do BR, fez um programa sobre a série. Apesar do teor humorístico debochado, Azaghal, Jovem Nerd e ilustres convidados fizeram uma análise bem louca da série. Vale muito a pena ouvir! Ouça aqui.

Animes



Meu irmão adora vídeo-game e animes, e assim que Castlevania saiu no Netflix ele praticamente me fez uma apresentação de slides com 147 motivos para assistir os quatro episódios. Meu namorado e eu assistimos os dois primeiros episódios, assisti o terceiro sozinha MAS SENHOR AMADO, ESSA SÉRIE É UM SACO. São só quatro episódios de vinte minutos e consegui ficar entediada, tanto que ainda nem tomei coragem de ver o quarto...

O anime conta a história do Drácula, cuja mulher, que era uma médica/cientista, foi assassinada pela igreja, acusada de bruxaria. Ele fica boladão e decide matar todos os cidadãos do país, mas é claro que Trevor Belmont, um caçador de monstros, não pode deixar isso acontecer. A série tem uma animação mediana, dubladores (americanos) entediantes e eu sinceramente achei a história muito rasa e mal contada. Meh.

Filmes


Assisti dois filmes esse mês! Meu namorado praticamente me obrigou a assistair Capitão Fantástico, o que até que foi bom, pois o filme é demais!

Sabe aquele cara do meme do Senhor dos Anéis, "one does not simply..."? Então, esse ator faz o papel de um pai de família hippie que decidiu, junto com a esposa, criar os seis filhos no mato, longe de consumismo, capitalismo, açúcar e televisão (não necessariamente nessa ordem). Os filhos dele são muito inteligentes, estudam muito, também tem ótimo condicionamento físico, sabem caçar e basicamente são escoteiros ninjas Albert Einstein. O problema é que eles tem 0 habilidade social e não sabem quase nada sobre o mundo real. Quando a mãe deles morre e o avô proíbe o pai de ir ao funeral, as coisas tomam rumos inesperados nessa família.

O filme é divertido mas também trás uma crítica tanto ao mundo capitalista quanto ao extremismo do pai em isolar os filhos da sociedade. Excelente!




Por último, vi o filme original do Netflix O Mínimo Para Viver, recomendação do meu amigo cheiroso Gabriel. O filme fala sobre Ellen, uma jovem artista anoréxica que posta sua arte (sobre a doença, principalmente) na internet. O problema se dá quando uma garota comete suicídio e deixa uma carta para Ellen, o que causa problemas na família de Ellen e revolta dos pais da garota falecida.

O filme começa quando a madrasta de Ellen a leva para uma consulta com um médico com métodos diferenciados (o Keanu Reeves). Ellen acaba sendo "internada" na casa de recuperação desse médico, e lá conhece várias outras mulheres e um garoto com distúrbios alimentares.

Um dos pontos positivos do filme foi mostrar como a doença não afeta apenas o corpo da pessoa, mas também toda a sua vida e a vida daqueles ao seu redor. No filme temos uma mulher grávida com vários problemas na gravidez devido à anorexia, temos um garoto que perdeu uma carreira promissora no balé por causa da doença, uma garota que precisa estar constantemente entubada para sobreviver, dentre outros problemas advindos de distúrbios alimentares.

O problema é que achei o filme problemático (heh). Na minha opinião o diretor se esforçou tanto para não romantizar a anorexia e a depressão que acabou caindo em sua armadilha e colocando ideias danosas em sua obra, como a crítica de que Ellen poderia ser anoréxica por causa da mãe lésbica, mas não por causa do pai ausente, por exemplo. O filme foi feito para mostrar o contrário, mas sei que algumas pessoas interpretaram tudo errado e nem coloco a culpa nelas: a apresentação da vida da protagonista é confusa. O filme também mostra uma casa de recuperação totalmente irreal, além de terem escolhido atrizes bonitas demais para um filme cujo foco era mostrar personagens doentes a ponto de estarem à beira da morte. Poxa, pessoas com anorexia não tem apetite sexual, tem queda de cabelo, dentes fracos, pele ressecada, etc. As atrizes que farem as personagens anoréxicas são todas bonitas e bem cuidadas, apesar da maquiagem que as faz parecer mais magras.

Enfim, eu gostei do filme, mas não acho que foi a melhor obra do mundo sobre anorexia. Recomendo muito mais o livro Garotas de Vidro, da Laurie Halse Andersen.
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Enfim, é isso por hoje! Assisti muitas coisas boas esse mês e isso compensou por ter visto pouca coisa. Mas e aí, pessoas, o que vocês me recomendam? Já assistiram algo da lista? Sabem rebolar com bambolê?

Um beijo, e até o próximo post!


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"Os poderosos controlam a vida daqueles sem poder algum".

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