terça-feira, 1 de novembro de 2016

One Man Guy, de Michael Barakiva

One Man GuyAutor: Michael Barakiva
Editora: Leya Brasil
É bom?: ★★
Páginas: 272
Sinopse: Um romance sobre dois garotos, dois mundos e um encontro. Ethan é tudo o que Alek gostaria de ser: confiante, livre e irreverente. Apesar de estudarem na mesma escola, os dois garotos pertencem a mundos diferentes. Enquanto Ethan é descolado e tem vários amigos, Alek tem apenas uma, Becky, e convive intensamente com sua família e a comunidade armênia. Mesmo com tantas diferenças, os destinos de Ethan e Alek se cruzam ao precisarem frequentar um mesmo curso de férias. Quando Ethan convence Alek a matar aula e ir a um show de Rufus Wainwright no Central Park, em Nova York, Alek embarca em sua primeira aventura fora de sua existência no subúrbio de Nova Jersey e da proteção de sua família. E ele não consegue acreditar que um cara tão legal quer ser seu amigo. Ou, talvez, mais do que isso. One Man Guy é uma história romântica, comovente e engraçada sobre o que acontece quando as pessoas saem de suas zonas de conforto e ajudam o outro a ver o mundo (e a si mesmo) como nunca viram antes. “Só sei que gosto de estar aqui com você e não consigo me imaginar querendo mais ninguém. Isso basta para você?”

One Man Guy foi um livro que me surpreendeu positivamente. O livro conta a história de Alek, um jovem de 14 anos de ascendência armênia. Ele vive com seus pais, que são pessoas rígidas e sistemáticas, e com o irmão mais velho, que é considerado perfeito em tudo. As férias de verão acabam de começar e Alek está feliz com a perspectiva de viajar com a família, como sempre fazem, mas nesse verão os pais de Alek decidiram que as notas dele na escola não estão boas o suficiente e ele vai ficar em casa para o curso de verão.

Isso não deixa Alek nada feliz, mas ele sabe que não pode contradizer os pais. Alek começa a ir ao curso de verão recebendo o apoio moral da melhor amiga, Becky, que tem pais mais tranquilos, anda de patins e adora filmes antigos. Na escola, Alek finalmente conhece Ethan, um garoto famoso por ser um rebelde sem causa, e por ter recentemente causado uma guerra de comida na escola. Ele acha Ethan um garoto bonito e interessante, e tenta se aproximar dele.


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O autor Michael Barakiva (à direita) e seu marido.
Ethan e Alek, improvavelmente, se tornam amigos. Ethan é diferente, irreverente e descolado. Alek é um garoto tímido e reservado, diferente no sentido de não se encaixar. Num dia de aula, Ethan decide levar Alek para Nova York - os dois moram em Nova Jersey - e na cidade grande eles vivem várias aventuras. Junto de Ethan, Alek percebe que nem sempre tem que fazer as coisas às quais é obrigado, e descobre coisas sobre si mesmo que ele não conhecia.

Confesso que não estava gostando muito do livro no início. Até Ethan e Alek irem para Nova York pela primeira vez eu estava achando o livro monótono, não via o sentido da história. Mas agora serei sincera: demorei dias para passar da página 50, mas depois dela eu li o resto do livro (mais de 200 páginas) em uma sentada, de tão interessante que a história ficou. Mas não vou dar spoilers para ninguém!

Eu adoro ler livros LGBT, e esse livro não me decepcionou nesse sentido. Alek tem 14 anos e ele vive experiências adequadas a essa idade. Não é um livro picante, muito menos um livro super dramático: é um livro de romance para adolescentes, a única diferente dele para com outros livros do gênero é que é um livro com personagens gays.


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Eu realmente adoro a arte da capa desse livro!
Um dos meus pontos favoritos de One Man Guy foram as personagens extremamente bem construídas. Desenvolver tantas personagens num livro tão curto não é fácil, mas o autor conseguiu. Os pais de Alek são muito rígidos, e isso trouxe um pouco de drama e seriedade ao livro. Becky, por outro lado, é durona e decidida, e deixou o livro engraçado. Ethan é rebelde e descolado, deixou o livro interessante e misterioso. E Alek, nosso protagonista, é preocupado, honesto e inteligente, o que tornou a leitura extremamente agradável. 

Para finalizar, queria mencionar que o fato de o Alek ser armênio é muito importante para a história, e gostei da forma como o autor tratou as tradições da família do Alek. Muita gente reclamou desse aspecto do livro, mas eu sinceramente acredito que isso só teve a acrescentar positivamente na história. Recomendo!

A música que inspirou o título do livro.

2 comentários:

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