sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Leituras do mês: Outubro


Olá, olá, pessoas bonitas e cheirosas! Como estão no dia de hoje?

Trago a vocês a edição de outubro (mas já?) dos livros lidos no mês. Li bastante esse mês e me sinto muito orgulhosa de mim mesmo, principalmente por ter parado de gastar demais com livros e estar lendo mais e-books. Fiquei feliz por de fato conseguir me acostumar novamente a ler e-books, o que ficou mais fácil agora que tenho um belíssimo tablet =D

Vamos às leituras!

Quadrinhos
Ms. Marvel, Vol. 2 Ms. Marvel #11 (2016)

Nesse mês eu li... Ms. Marvel. É, vocês devem estar cansados de ver eu falando dessa HQ. Vou parar de rasgar elogios para essa maravilha dos quadrinhos, pois vou fazer em breve um post especial falando mais sobre a Kamala Khan e essas HQs divas e depois disso nunca mais toco no assunto (mentira).

Só vou dizer, para não perder o costume, que Questões Mil é o segundo encadernado que saiu no Brasil, lindo e maravilhoso, e recomendo para quem gostou do primeiro. Se você não leu o primeiro, também recomendo. Li o volume #11 de Ms. Marvel, que intercede com a Civil War II, e está cada vez melhor, com acontecimentos muito bombásticos e que me deixam cada vez mais ansiosa pelos volumes novos.

Livros

Guerra do Velho Harry Potter and the Deathly Hallows Simon vs. a agenda Homo Sapiens  Longa e Sombria Hora do Chá da Alma
One Man Guy Objetos Cortantes  Lugares Escuros Peter Pan Tem Que Morrer

Sinto muita emoção e alegria em dizer que li nada mais, nada menos que oito (08, VIII) livros no singelo mês de outubro. Ah, ler é tão bom!

Primeiramente eu li Guerra do Velho, um livro de ficção científica espetacular. Ele conta a história de um homem de 75 anos chamado John Perry que se alista para lutar na guerra da Terra contra os alienígenas, e para isso ganha um corpo novo em folha. O livro é muito bom, mas teve alguns erros que me incomodaram, e eu realmente espero que tenha uma continuação, pois o final foi muito amplo. Outro livro de ficção científica que li este mês foi A Longa e Sombria Hora do Chá da Alma. Costumo amar os livros do Douglas Adams, mas esse foi um pouco abaixo da média. É um livro legal, mas poderia ser melhor. Em breve sai resenha dele. Enquanto isso você pode ler a resenha do primeiro volume da série Dirk Gently clicando aqui!

Li também o último livro da saga Harry Potter em inglês. Já havia lido duas vezes em português, mas ler em inglês me proporcionou uma experiência nova e única. Aliás, queria dizer que li as últimas 50 páginas desse livro chorando no ônibus, de tão trouxa que sou. Não canso de me emocionar com Harry Potter.

Li dois livros LGBT em outubro: Simon vs. A Agenda Homo Sapiens e One Man Guy. Eu tinha expectativas altas para com Simon, mas não gostei tanto assim do livro. Você pode ler minha resenha sobre ele clicando aqui. Gostei bem mais de One Man Guy, e ainda em novembro sai uma resenha cheirosa deste livro ;)

Nesse mês também li dois romances de Gillian Flynn. Eu havia adorado Garota Exemplar, que li em 2015, e realmente gostei de Objetos Cortantes e de Lugares Escuros. Para ler minha resenha de Objetos Cortantes, clique aqui. Em breve irei postar uma resenha sobre o magistral Lugares Escuros.

Por último, mas jamais menos importante, li o quarto livro da série David Gurney: Peter Pan Tem Que Morrer. Esse livro foi DEMAIS! David Gurney é um aposentado detetive da polícia, que vive numa região rural de Nova York com a esposa. A pesar de ter deixado o distintivo de lado, Gurney acaba sempre se envolvendo em investigações criminais, sendo estas relacionadas a assassinos perigosos. Eu adoro esses livros pois são suspenses bem diferentes do comum. Por estar aposentado, o Dave não tem os recursos que a polícia oferece (teste de DNA, arquivos, autópsia, camêras de vigilância etc.), e é interessante ver como ele se vira com o pouco que tem. Outra coisa legal é ver a relação dele com a esposa, Madeline, depois da morte acidental do filho de 4 anos dele. Eu adoro os livros do John Verdon e, a pesar de o terceiro da saga ser meu favorito (Não Brinque Com Fogo), esse quarto livro foi de cair o cotovelo do braço.
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É isso por hoje, pessoas lindas e cheirosas! Já leram algum dos livros citados? Pretendem ler? Me contem!

Até a próxima, e cuidado com os dinossauros!

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O que eu assisti de bão em: Outubro!

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Você é tudo o que eu sempre quis, Netflix! <3

Olá, pessoas viciadas em seriados! Como vocês estão?

Nossa, mal dá para acreditar que já estamos no fim de outubro. Ainda parece que é janeiro. O tempo tem passado muito rápido. 

Inclusive, ultimamente tá sendo bem difícil acompanhar séries. Fim de semestre significa uma coisa quando se está na faculdade: desespero. Tenho vários trabalhos para fazer, pasta de estágio e de AACC para montar e entregar, sem contar as provas. Acompanhar minhas amadas séries não está sendo fácil, mas estou tentando. Vamos ver o que eu assisti esse mês?

Filmes


Nesse mês assisti ao maravilhoso Como Eu Era Antes de Você. O filme conta a história de uma excêntrica garota chamada Louisa. Lou tem que ajudar sua família financeiramente e acaba conseguindo um emprego como cuidadora de um rapaz paraplégico chamado Will. A história é engraçada e fofa, principalmente por que temos Daenerys Targaryen como Louisa e Finnick Odair como Will Traynor.

Já fazia um tempo que meu irmão e a namorada dele haviam visto esse filme. Meu irmão voltou para casa nesse dia e me contou o filme todo, e eu obviamente quis assistir. Assisti com meu namorado, chorei muito (mesmo sabendo o final) e agora estou lendo o livro. Estou lendo bem devagarinho, por e-book.


Também assisti ao espetacular The Poughkeepsie Tapes. Esse filme é um falso documentário sobre um assassino cruel que atuava numa área no centro oeste dos Estados Unidos. Durante a curta 1h30 de duração, nós temos entrevistas com policiais, especialistas foresenses, amigos de vítimas e, é claro, fitas horríveis produzidas pelo próprio assassino.

A polícia encontrou a casa (abandonada) do assassino (que fugiu), e nessa casa havia centenas de fitas com horas e horas de coisas horríveis gravadas como se fossem lembranças de família. Desde pessoas fazendo coisas estranhas com balões até vídeos de tortura e assassinato, ninguém consegue entender a mente desse assassino. E ele está à solta, fazendo vítimas. É um filme muito perturbador.

Podcasts

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Em outubro eu FINALMENTE ouvi Limetown. Sempre ouvi falar muito bem desse podcast, me inscrevi no feed dele no começo desse ano, mas até então tive uma relação estranha com essa história. Eu ouvi o primeiro episódio no mesmo em dia em que o baixei, em fevereiro se não me engano, e achei espetacular, e depois disso ouvi de novo o primeiro episódio quase três meses depois, e seis meses depois ouvi os três primeiros episódios numa viajem à casa da minha avó. Só agora de fato ouvi tudo, e comecei tudo de novo. 

Enfim, o podcast é narrado por uma jornalista chamada Lia Haddock, que investiga o desaparecimento de toda uma cidade numa noite de pânico 10 anos atrás. É bem louco, ela vai atrás das vítimas dessa cidade e acaba descobrindo coisas muito perturbadoras. Espero sinceramente que tenha uma segunda temporada.

Séries

"Se comer bolo é errado, não quero estar certa".

Estou assistindo pelo Netflix a maravilhosa série Gilmore Girls. Estou atualmente na segunda temporada e literalmente sou a Lorelai. Ainda dou risada quando chamam o Jared Padalecki de Dean. Tipo, meu. Que coincidência.

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Que homem...
Assisti apenas o primeiro episódio de Luke Cage, mas já achei demais. Já adorava ele desde Jessica Jones. Enfim, vocês querem um cafezinho?

 
 

A nova temporada de The Big Bang Theory, contra todas as expectativas, começou muito divertida! Eu estava achando as temporadas nais recentes bem tediosas, mas eu ri bastante com os episódios novos, principalmente com a Amy e o Sheldon morando juntos e a treta do Howard com os militares.

 
 
"Eu já tenho uma tatuagem"
"O que? Onde? Por que? Quando?"
"Eu nunca mais irei falar desse assunto novamente"

A quarta temporada de Brooklyn Nine-Nine mal começou e ja considero a melhor. Como se não bastasse esse batalhão já ser louco como policiais em Nova York, se metem a policiais na Califórnia. Achei demais os episódios deles no programa de proteção à testemunha.  Sério, esse seriado é muito engraçado. Adoro a Gina e o Captain Holt <3

Que homens... (faltou o Oliver)

A nova temporada de How to Get Away With Murder mal começou e já está me deixando louca. Annalise, como sempre, está fazendo de tudo para proteger seus estudantes, mas está se quebrando aos poucos. Pressinto que essa temporada trará ainda mais tretas que as anteriores.

Explicando a história de American Horror Story:
"O que aconteceu a seguir não fez o menor sentido".

Desisti para sempre de American Horror Story. Sério. Eu realmente gostava das duas primeiras temporadas, mas agora (na sexta) o seriado ficou menos terror e mais caricato. Meu, eu não tenho medo de ver gente sendo estripada. Eu fico com nojo, no máximo, isso por que AHS exagera tanto que nem nojo passa, só confusão.

Eu amo histórias de terror. Amo pacas. mas AHS deixou de ser terror faz tempo, e agora fica fazendo plotlines inúteis só para gerar pink money. Eu amo representação feminista e LGBT, mas é tão absurdo nesse seriado que é óbvio que eles fazem isso pelo dinheiro.


Supernatural é horrível, mas eu amo. A décima segunda temporada acabou de começar, só teve dois episódios e, a pesar de péssima, está demais!


O seriado Scream, da MTV, lançou um especial de 1h30 para o Halloween. Imagina minha surpresa quando vi que tinha episódio novo na Netflix. Enfim, assisti ontem de madrugada e foi DEMAIS. O seriado tem alguns erros de continuísmo e plots sem noção, e teve isso nesse episódio novo, mas fomos apresentados a uma nova lenda, uma personagem importante veio à óbito e tudo indica que o Brandon James em pessoa irá aparecer na terceira temporada. Rosana, tô tremendo!

Se você não conhece esse seriado, pode ler meu singelo post falando sobre o mesmo clicando aqui.
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É isso por hoje, pessoinhas. Espero que tenham gostado do post. Que seriados vocês têm acompanhado?

Até a próxima!

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Vai uma pipoquinha?

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Objetos Cortantes, de Gillian Flynn

Objetos Cortantes Autora: Gillian Flynn
Título Original: Sharp Objects
Editora: Intrínseca
É bom?: ★★★
Páginas: 254
Sinopse: Uma narrativa tensa e cheia de reviravoltas. Um livro viciante, assombroso e inesquecível. Recém-saída de um hospital psiquiátrico, onde foi internada para tratar a tendência à automutilação que deixou seu corpo todo marcado, a repórter de um jornal sem prestígio em Chicago, Camille Preaker, tem um novo desafio pela frente. Frank Curry, o editor-chefe da publicação, pede que ela retorne à cidade onde nasceu para cobrir o caso de uma menina assassinada e outra misteriosamente desaparecida. Desde que deixou a pequena Wind Gap, no Missouri, oito anos antes, Camille quase não falou com a mãe neurótica, o padrasto e a meia-irmã, praticamente uma desconhecida. Mas, sem recursos para se hospedar na cidade, é obrigada a ficar na casa da família e lidar com todas as reminiscências de seu passado. Entrevistando velhos conhecidos e recém-chegados a fim de aprofundar as investigações e elaborar sua matéria, a jornalista relembra a infância e a adolescência conturbadas e aos poucos desvenda os segredos de sua família, quase tão macabros quanto as cicatrizes sob suas roupas. 



Esse foi o segundo livro que li da Gillian Flynn. Li Garota Exemplar no meio do ano passado e tentei com todas as minhas forças não manter expectativas altas demais para com esse livro. Consegui. Comecei a leitura sem ter a menor ideia do desenrolar do livro (já sabia da grande reviravolta em Garota Exemplar, por exemplo, quando li o mesmo), e acredito que isso foi um fator decisivo em me fazer gostar de Objetos Cortantes

Objetos Cortantes tem ares óbvios de primeiro livro. Foi a primeira obra publicada da autora e, a pesar de já revelar o grande potencial que ela tinha, o livro também trás seus erros. Não vou falar dos erros aqui, pois são spoilers (clichês, absurdos usados para chocar, final corrido, etc.), mas quero que leia essa resenha com isso em mente: não é um livro perfeito.



O livro conta a história de Camille Preaker, uma jornalista mal sucedida que vive em Chicago. Ela trabalha num jornal insignificante, mora sozinha e, basicamente, não tem amigos nem vida social. A única pessoa que ela quase pode chamar de amigo é seu chefe, Curry. Curry acredita no potencial jornalístico de Camille, e por isso ele a manda para sua cidade natal, Wind Gap, com o objetivo de que ela faça uma matéria sobre um assassinato e um desaparecimento.

Camille não tem boas lembranças de Wind Gap. Sua infância é marcada pela morte da irmã doente, sua adolescência é marcada pela promiscuidade e sua família parece odiá-la. No entanto, desesperada para agradar seu chefe e, quem sabe, fazer algo decente na vida, Camille aceita a proposta.

Wind Gap, por si só, é quase uma personagem. É uma cidade com pouco mais de 2.000 habitantes, no estado do Missouri. É um lugar que colhe a herança racista de seus antepassados, da guerra civil americana. Todos na cidade se conhecem, e secretamente se odeiam. Há uma máscara de hospitalidade e bondade sobre todos, mas Camille consegue enxergar através dela. Nessa cidade, na qual se passa a maior parte do livro, Camille irá tentar investigar um assassinato misterioso: uma menina foi estrangulada e teve seus dentes arrancados; e um desaparecimento inesperado: uma garota de uma família nova na cidade simplesmente desapareceu. Além de tentar desvendar os mistérios do presente, Camille se envolverá numa trama que envolve seu passado, e terá que revisitar momentos obscuros da sua vida.


A melhor parte de Objetos Cortantes com certeza é a narrativa da Gillian Flynn. É quase algo que o Stephen King escreveria, mas de forma mais debochada, mais depressiva. A forma nojenta e desagradável com a qual ela narra sua história dá a tudo um clima perfeito para o que está acontecendo. Essa não é uma história sobre uma jornalista sexy, tentando desvendar um mistério interessante, não é um típico livro de suspense bestseller. É a história de uma jornalista deprimida investigando o que há de pior no lugar em que ela nasceu. É uma leitura nauseante, mas bem construída.

O mistério que envolve a narrativa é interessante e de tirar o fôlego. Todas as coisas mínimas que a Camille narra são necessárias, todos os acontecimentos são suspeitos, todas as personagens parecem culpadas. Ah, sim, as personagens desse livro são maravilhosas. Muito bem construídas, verossímeis, mas também desagradáveis., corruptas. Inclusive Camille.

É um livro desagradável, violento, bizarro. Mas é uma leitura interessante, que te prende, e é difícil abandonar o livro, seja para trabalhar ou dormir (vide: eu). Recomendo!

Objetos Cortantes  Lugares Escuros Garota Exemplar O Adulto

domingo, 16 de outubro de 2016

Simon vs. A Agenda Homo Sapiens, de Becky Albertalli

Simon vs. a agenda Homo Sapiens Autora: Becky Albertalli
Título original: Simon vs. The Homo Sapiens Agenda
Editora: Intrínseca
É bom?: ★★★
Páginas: 272
Sinopse: Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Tudo muda quando Martin, o bobão da escola, descobre uma troca de e-mails entre Simon e um garoto misterioso que se identifica como Blue e que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte.  Martin começa a chantageá-lo, e, se Simon não ceder, seu segredo cairá na boca de todos. Pior: sua relação com Blue poderá chegar ao fim, antes mesmo de começar. Agora, o adolescente avesso a mudanças precisará encontrar uma forma de sair de sua zona de conforto e dar uma chance à felicidade ao lado do menino mais confuso e encantador que ele já conheceu. Uma história que trata com naturalidade e bom humor de questões delicadas, explorando a difícil tarefa que é amadurecer e as mudanças e os dilemas pelos quais todos nós, adolescentes ou não, precisamos enfrentar para nos encontrarmos.


Esse livro foi apenas okay.

Simon vs. A Agenda Homo Sapiens é um livro fofinho, engraçadinho e divertido, mas também não passa disso. O livro conta a história de Simon Spier, um garoto de 16 anos que é gay (não assumido) e que leva uma vida bem comum, com vários amigos, participando do teatro e em uma família unida. Tudo parece normal, exceto por uma coisa: nos últimos meses, ele tem trocado e-mails com um garoto gay desconhecido da escola, que se identifica como Blue, e Simon está secretamente apaixonado por ele.

Tudo muda quando Martin vai usar um computador público depois de Simon e vê a caixa de entrada dele, que ele tinha esquecido aberta. Martin lê os e-mails de Blue, percebe que Simon é gay e decide chantageá-lo: a não ser que Simon o ajude a conquistar Abby, uma das amigas de Simon, Martin irá contar o segredo dele a todos.


Simon ama Oreos, e troca e-mails com Blue.
Eu esperava um livro diferente, com mais conflitos (por causa da chantagem contra Simon) ou momentos mais tensos (por causa de Simon se meter em várias roubadas com os amigos, e por ainda estar no armário). O livro no geral foi bastante light, com uma leitura divertida e fluída, mas não era bem isso que eu estava procurando. Não que livros LGBT sempre tenham que ter temática séria, pelo contrário, acho ótimo que esse livro seja mais leve, mas não era a leitura que eu estava esperando, e isso me decepcionou. No entanto, a culpa foi exclusivamente minha, não do livro, pois o livro não tem obrigação de ser exatamente o que eu imaginava. Deal with it, Nath.

Apesar de não ter adorado o livro tanto assim, foi uma leitura divertida e eu gostei, sim, da história do Simon. Simon é um narrador muito engraçado, os e-mails entre ele e Blue eram muito divertidos de ler, e eu gostei da forma como a autora abordou o tema da homossexualidade no livro. A parte que eu mais gostei do livro, de longe, foi o final. Já tinha descoberto a verdadeira identidade do Blue, antes do Simon, mas ainda assim o final foi fofo e divertido.


"Sinto taaaanto a sua falta"
"Feliz aniversário de dois dias!!!!"
Como eu sempre digo, opiniões não são universais. Eu não gostei tanto assim do livro, o que não significa que você também não irá gostar. A verdade é que houveram dois motivos pelos quais não gostei tanto assim do livro: 01) Criei muitas expectativas, por eu adorar livros LGBT e esse ser um livro LGBT, estava muito louca para ler e pela sinopse imaginei algo bem diferente e; 02) A tradução.

Não sou expert em tradução, mas houveram momentos na leitura em que a tradução estava tão literal que eu praticamente conseguia adivinhar o que a autora tinha escrito no original em inglês. Algo que não foi culpa do tradutor, no entanto, foi o número excessivo de vezes em que o Simon falava sobre cidades e regiões estadunidenses, partes tediosas que não fazem sentido para quem não mora lá (vide, eu).

"Se você estiver interessado, estarei lá às seis e meia".
Enfim, é um bom livro, de leitura leve (para variar), mas também é um livro bem simples, uma leitura que não me deixou nenhuma impressão.

É isso por hoje, pessoal! Espero que tenham gostado da resenha. Já leram este livro? Pretendem ler? Comentem!!

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Só vejo coisa GAY aqui!! (Inclusive você, Castiel).

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Os E-books ILEGAIS que me Fizeram Gostar de Ler

Olá, pessoinhas maiores de 0,5 anos de idade! Tudo bom?

Admito, essa postagem talvez seja um pouco polêmica. Vou contar sobre o início da minha vida de leitora e qual foi a importância dos e-books ilegais (aqueles do Orkut e dos fóruns marotos) nesse processo. Não joguem pedras em mim (por enquanto).

Primeiro, quero que você imagine a Nath com seus sete, oito anos. Foi nessa época que eu já sabia ler relativamente bem (para uma criança nessa idade), e também foi nessa época que comecei a ler meus primeiros livros, alguns até sem figuras. Um dos meus livros favoritos enquanto eu era alfabetizada era Bisa Bia, Bisa Bel, um livro curto, com ilustrações, mas que me fazia viajar nas palavras. Li esse livro umas 50 vezes. Sério, eu o lia quase todos os dias.


Até hoje me lembro dos primeiros livros sem figuras que eu li. O primeiro foi A Cidade das Feras. Meu tio gostava de Isabel Allende e me deu um livro infantil dela para ler. Só li naquela ´única vez, há uma década, mas me lembro da história até hoje. Minha conexão emocional para com o livro foi instantânea. Não me lembro do nome das personagens, mas me lembro que a mãe do personagem principal teve câncer e ele foi viajar na Amazônia com a avó, que escrevia guias de viagens para revistas; tem uma cena em que ela prende ele no carro e começa a fumar para ele aprender que não deve usar drogas; tinha a viajem de canoa, a parte da floresta intocada, os espíritos dos animais, enfim. Eu amo esse livro até hoje, mas tenho medo de reler e não ter a mesma experiência.
Logo em seguida, li A Bússola de Ouro. Sabe aquele filme com a Nicole Kidman, com ursos que falam, crianças com animais que fazem parte das almas delas e umas loucuras ateístas? Esse livro. Eu o li quando era criança e me lembro de ter me apaixonado perdidamente pela história. Ano passado eu tentei ler a série toda e odiei os livros. Vida que segue, né?

Amei o primeiro quando era criança, detestei os demais aos 18 anos.
Quando eu tinha meus 13 anos eu não tinha dinheiro para comprar livros. Naquela época eu tinha os quatro livros da saga Crepúsculo (que li umas cinco vezes), tinha os primeiros livros da Série House of Night, além de uns livros infantis aleatórios. Já li todos esses livros tantas vezes que praticamente os decorei. De fato, eu sei partes de Marcada de cor até hoje.

Esses livros, no entanto, não satisfaziam meu desejo por leitura. Eu tinha carteirinha na biblioteca da cidade e pegava vários livros com frequência, desde Stephen King até Agatha Christie, e da biblioteca da escola eu legava qualquer livro que parecesse legal, e fiz uns achados espetaculares na época, como Babel Hotel, Slam, 1984 e os livros de Sherlock Holmes.

Mas eu queria ler lançamentos, livros novos, livros para adolescentes, livros de vampiros, essas coisas. Eis que eu descobri o há muito falecido Rei do E-book, um site com e-books ilegais, digitalizações e traduções amadoras de vários livros, que já tinham edição nacional e outros que nem sonhavam pisar em terras tupiniquins. Essas digitalizações e traduções eram feitas por grupos sem fins lucrativos que se uniam pelo Orkut, o pessoal pedia livros e eles nos traziam e-books maravilhosos, e foi a partir desses grupos (muito seletos e secretos) do Orkut que eu li livros que amo até hoje. E é engraçado que eu acabei comprando quase todos esses livros com o passar do tempo. Foi através de e-books ilegais que eu li Harry Potter pela primeira vez (hoje tenho duas edições, risos), li Artemis Fowl (amo/sou, inclusive, cadê o filme?), Fallen, Sussuro, Shadowhunters, dentre outros.

Tenho essa edição da capa branca em português e essa em paperback em inglês. Minha coleção em português é toda igual, mas minha coleção em inglês tem várias edições, capas variadas. Meu sonho é ter aquela edição com o castelo na lombada, sabe?

Eu adorava e-books. Eu colocava vários deles no meu celular (na época era um celular beeem ruim, daqueles tipo Blackberry falso) e me esforçava infinitamente para ler aquela letra miúda em aplicativos horrorosos e pirateados. Eu lia de madrugada, na escola, em todo lugar, por que ler era minha paixão. Me lembro que eu li o primeiro livro da série Artemis Fowl inteiro numa madrugada, pelo celular. Hoje eu tenho todos os oito livros da série e já reli varias vezes. Isso faz uns seis anos.

Depois que comecei a ter dinheiro, com 15-16 anos, eu parei de ler e-books. Finalmente eu tinha dinheiro para comprar livros e gastava muito na livraria da cidade, também comprava nas lojas virtuais, enfim, chegou um momento em que eu tinha tantos livros que mal dava conta de lê -los (ainda é assim, na verdade). Há livros que comprei é demorei anos para ler (tipo As Crônicas de Gelo e Fogo) e tem livros que eu comprei faz tempo e até hoje não criei coragem de ler.

Sem contar que, desde comecei a trocar livros pelo Skoob, encontrei uma forma simples de me livrar dos livros que eu não gostei, e conseguir outros que quero em troca. Já consegui livros e coleções incríveis, mesmo que usados. Os livros vem em ótimas condições, nunca tive problemas com trocas Livro X Livro nem pelo Skoob Plus. Aliás, minha coleção do Harry Potter em inglês foi adquirida trocando pelo Skoob Plus. EM INGLÊS!

Meu amigo divo Gabriel me deu os quatro primeiros livros,
os demais eu conseguir através de trocas no Skoob Plus.
Recentemente, comecei a perceber que eu estava ficando descontente com minhas compras. Em março eu comprei 9 livros na Amazon e só gostei de fato de três deles. Fiquei chateada, pois os livros eram caros, não tenho dinheiro sobrando assim, e decidi mudar isso: a partir de agora, eu irei ler os primeiros capítulos dos livros por e-book e só vou comprar se realmente gostar da leitura. Geralmente as editoras (e a Amazon) disponibilizam alguns capítulos dos livros para a gente ler, e isso é ótimo, mas quando não acho previews eu baixo o livro no Le Livros e leio. Falo mesmo. Já achei livros incríveis por lá, que comprei depois com orgulho, e outros livros que não valiam o meu dinheiro, sinceramente.

Eu sei que há pessoas que se apoiam exclusivamente em e-books ilegais na hora de fazer as leituras. Sei que isso não é legal para o autor. Como aspirante a escritora, entendo isso. De verdade. Eu sempre me esforço para comprar os livros, e até quadrinhos e mangás, dos quais eu gosto. Acho os e-books ilegais uma ferramente importante para mim, também. Prefiro gastar 300 reais em livros que sei que vou gostar do que 40 num livro ruim.

Desses livros, eu não gostei de: Herdeira do Fogo, One Punch Man, Léxico e A Rainha Vermelha.
Gostei mais ou menos de Jovens de Elite e só fui curtir Uma Chama Entre as
Cinzas do meio para o final.
E eu nem sempre faço isso. Quando o Rick Riordan publica um livro eu simplesmente compro e leio, por exemplo. Inclusive já saiu um livro novo da série Magnus Chase e PRECISO dele! Quando sai um livro novo de alguma série que eu acompanho eu simplesmente coloco no carrinho da Amazon. Mas estou cansada de investir em leituras novas e só quebrar a cara.

Em outro aspecto, eu faço Letras e com frequência preciso ler um livro ou artigo científico para as aulas/fazer trabalhos/fazer provas/TCC, e comprar essas coisas sai absurdamente caro. Até tenho alguns livros na minha área, de teoria da literatura e literatura comparada, além de um livro de gramática bem louco, mas geralmente eu baixo esses livros, principalmente tragédias gregas. Isso me ajuda em muito. Nossa, li tantas peças da época do renascimento e do barroco que nem aguento mais olhar a tela do meu tablet.

Só comprei esse livro de Moderna Gramática Portuguesa pois ele estava custando $12.
O outro livro eu ganhei numa palestra por ter feito perguntas pertinentes kkkkk.
Enfim, eu acredito que os e-books ilegais são incríveis. Mas, Nath, por que não comprar e-books normais, então? A questão é simples: o preço. Há e-books que custam quase o preço do impresso, e mesmo os e-books mais baratos não valem a pena. Paguei 3 reais num e-book do livro Mensagem, do Fernando pessoa, sendo que o autor nem tá vivo mais, as obras dele são patrimônio cultural público, o e-book tinha 60 páginas e nada de especial. Eu só vou começar a comprar e-books quando eles tiverem um preço justo e boa diagramação.

É isso por hoje, galeres. Foi um post longo, meio emocional, mas acredito que atingi meu objetivo: de fato fazer com que as pessoas entendam o motivo de eu ler e-books ilegais, gratuitos, e como eu acho que isso nos beneficia muito.

E você, gosta de ler e-books? Costuma comprar e-books? Possui algum leitor digital? Me conte!!

Até o próximo post!

Para finalizar, queria deixar aqui essa singela imagem. Essa foto foi tirada em meados de 2012, quando meus pais estavam reformando nossa casa. Choveu pra caralho, alagou tudo, as paredes choravam chuva e tive que salvar meus livros em meio a muito desespero. Eu tinha 15 anos na época e só tinha tanto livro assim por causa de parcerias no blog (que não faço mais) e por comprar livros em promoções cabulosas. Ser leitora não é fácil.