sábado, 30 de julho de 2016

O que eu assisti de bão em: JULHO


Olá, galeres! Tudo bom com vocês?

Nesse mês eu assisti muita coisa, tanto por que estou de férias quanto por que sou desocupada mesmo. Assisti algumas coisas espetaculares, vou recomendar elas para vocês e praticamente obrigar vocês a assistirem (mas vocês vão assistir por vontade própria pois são coisas espetaculares).

Inclusive, esses são meus últimos dois dias de férias e eu não poderia estar mais triste por não poder mais maratonar as coisas. A vida não é justa.

Curtas
- Em que ano estamos?
- Essa é a Era Viking.
- Isso explica os dinossauros que soltam laser.
(Obviamente).
Antes de tudo, gostaria de dizer que meu irmão me obrigou a assistir Kung Fury. Eu assisti este curta três vezes: uma vez sozinha, após meu irmão me falar desse filme por um mês inteiro; depois fiz meu namorado assistir, e ele quase morreu de desgosto (a pesar de ter amado secretamente); e por último assisti com meu irmão e meu tio, que a princípio quase morreu de desgosto mas acabou adorando (eu não esperava por essa).




O curta de meia hora (disponível na Netflix e no YouTube de GRAÇA! Clique ali em cima e assista na íntegra) segue a história de Kung Fury, um policial dos anos oitenta que, após perder o colega de trabalho ao lutar contra um ninja, acaba sendo atingido por um raio e picado por uma cobra (ao mesmo tempo) e recebe divinamente os poderes da arte do Kung Fu. Ele então vira um vigilante solitário, até que várias máquinas caça-níquel e jogos de fliperama se rebelam contra os humanos e Hitler viaja para o futuro, causando caos. Kung Fury é obrigado a se unir a Hackerman, um homem capaz de hackear o tempo, para voltar para a Alemanha Nazista e matar o Kung Füher (Hitler). Mas Hackerman acaba hackeando o tempo de forma errada e Kung Fury vai parar na Era Viking, e corre perigo nas mãos dos dinossauros que soltam laser!

Enfim, o curta é hilário, emocionante, tem apenas meia hora e uma música tema espetacular (assista o clipe abaixo). É um mash-up de tudo o que era popular nos anos oitenta, e é GENIAL.




Filmes

Eu já falei aqui no blog tanto sobre o Livro Eu, Você e a Garota que Vai Morrer e do seu 
Respectivo Filme. Então, leiam minhas resenhas e vocês já saberão o que senti assistindo essa porcaria/essa coisa maravilhosa :p


Às vezes você toma decisões na vida e essas decisões moldam quem você é.
Meu namorado praticamente me obrigou a assistir Se Eu Ficar, pois ele é uma pessoa carente que assiste filmes românticos sozinho, chorando de tristeza por não me ter ao seu lado.

Eu gostei muito do filme, a pesar de que, por algum motivo, eu esperava uma história um pouco diferente. O filme conta a história de Mia Hall, uma garota criada numa família de roqueiros, mas que sempre gostou de música clássica. Seu sonho era tocar violoncelo profissionalmente, mas sempre foi muito difícil entrar numa escola renomada de música. O sonho pareceu mais distante quando ela conheceu Adam, o vocalista de uma banda de rock que está cada vez mais ascendendo para a fama. Mas isso tudo é parte do passado, pois no presente a família de Mia se envolveu num acidente e ela está entre a vida e a morte, vendo seus entes queridos no hospital (como um fantasma) e relembrando os momentos mais importantes de sua vida enquanto ela decide se parte para O Que Vem Depois ou se fica e segue sua vida.

Por algum motivo eu achei que o filme se focaria mais na versão da Mia Fantasma, mas pelo menos 80% do filme é composto por flashbacks. O final também é diferente do que eu imaginava, mas eu adorei o filme e chorei bastante.





Meu namorado gastou metade da vida dele me convencendo a assistir Interestelar, e eu finalmente cedi e assisti o famigerado filme.

Sinceramente, não sei por que resisti tanto a assistir Interestelar. Eu amo astronomia, sou apaixonada por ficção científica e eu costumo confiar na opinião do Sr. Fettuccini para filmes e seriados. Na verdade, eu acho que eu tinha medo de assistir ao filme por que ele tem TRÊS HORAS DE DURAÇÃO.

O filme conta a história de Cooper, um engenheiro desempregado que vive numa Terra futurística. Ele tem dois filhos, cuida de uma plantação de milho - uma das poucas coisas que temos para comer nesse futuro - e quer fazer de tudo para que seus filhos possam entrar na faculdade e ter um futuro melhor que o dele. A Terra futurística em que Cooper mora não está distante da nossa, eles não tem tecnologias mirabolantes nem usam roupas malucas. No futuro, as pessoas morrem de fome por causa das mudanças climáticas, além de terem que conviver com um constante pó que contamina tudo, doenças incuráveis e medo do futuro incerto.

Murph, a filha mais nova de Cooper, acredita que está sendo assombrada por um fantasma que conversa com ela em binário. A partir disso, Cooper descobre a localização de uma das estações espaciais remanescentes da NASA, um lugar que ele pensava não mais existir, cheio de pessoas com trabalhos que ele acreditava estarem extintos. Na NASA ele é informado por um ex-professor que um buraco negro próximo a Saturno é um buraco de minhoca que leva para uma parte distante do universo, onde existem três planetas com potencial de acolher a vida da Terra. Cooper e outros dois astronautas são mandados para este buraco negro e juntos eles exploram o universo, o tempo e o espaço em busca de respostas para a salvação do nosso planeta e da raça humana.

Esse filme é foda. Muito foda. Foda para caralho. Demorei 21 anos para vê-lo (referência ao filme) e cada segundo valeu a pena. O filme é divertido, emocionante, bonito e cheio de efeitos especiais de tirar o fôlego. É uma verdadeira obra prima e todos deveriam assistir. Só não digam para o Filippo que eu disse isso.



Séries



Okay, Touch é um dos seriados mais perfeitos e mais injustiçados da história dos seriados perfeitos. 

Eu assisti Touch quando foi lançado, há alguns anos, mas agora estou revendo com o Sr. Fettuccini, que está assistindo pela primeira vez. Touch segue a história de Jacob, um garoto autista que nunca falou nenhuma palavra desde que nasceu. Ele é criado pelo pai solteiro, pois sua mãe morreu no ataque do onze de setembro. Jake é um autista altamente funcional, a pesar da mudez seletiva. Ele é inteligente, adora matemática e tem um dom especial: consegue ver conexões nas vidas das pessoas que ninguém mais vê. Ele incumbe seu pai de cuidar para que as vidas de pessoas ao redor de todo o mundo se toquem, mesmo que elas não saibam disso. O seriado é incrível, lindo, emocionante e tem uma história de tirar o fôlego, com um vilão muito bom e uma trama que poderia ter sido uma das melhores do mundo se o seriado não tivesse sido cancelado.

Touch teve duas temporadas e foi cancelado, mas, felizmente, a série tem um final digno que ata todos os nós, a pesar de eu acreditar que teria potencial para muitas mais temporadas. Enfim, quem tiver interesse em assistir vai encontrar o seriado completo na Netflix. No vídeo acima a gente tem a abertura do seriado, é uma abertura linda e irei protegê-la (tem apenas 25 segundos, esse vídeo está em loop).


Comecei a assistir, também pela Netflix, o seriado Scream. É um seriado de terror/suspense/drama adolescente inspirado na franquia de filmes Pânico. Conta a história de Emma, que começa a ser perseguida por um assassino cruel que tem uma ligação misteriosa com sua mãe. No seriado, qualquer um dos personagens pode tanto ser a próxima vítima quanto o assassino em si, e isso é o mais espetacular. O seriado é demais, a pesar de ser uma espécie de terror adolescente. Eu realmente gostei da história, atualmente estamos na segunda temporada e todos os problemas que eu detectei nos primeiros episódios estão sendo corrigidos aos poucos, e isso é demais.

Aliás, sou loucamente apaixonada pela Bex Taylor.

Eu nem sei mais o que é real.
A SEGUNDA TEMPORADA DE MR. ROBOT CHEGOU E EU NÃO ME AGUENTO DE ALEGRIA E EMOÇÃO!

Mr. Robot é um seriado espetacular sobre hackers que querem derrubar o capitalismo e desfazer as grandes corporações mundiais. Só dizendo isso já parece grandioso, mas a história é mais que isso. A gente segue a vida de Elliot, um rapaz que lida com depressão, ansiedade social, vício em drogas e alucinações. Ao mesmo tempo que ele tem uma vida extremamente problemática e dificuldade de se relacionar com as pessoas, ele é um hacker de bom coração que passa seus dias desmascarando pedófilos e outros criminosos virtuais. Tudo muda quando uma organização de hacktivismo chamada FSociety quer recrutá-lo para ajudar a derrubar o capitalismo.

Por favor, façam um favor a si mesmo e assistam a essa obra prima!


Só vou deixar essa imagem aqui e não vou falar nada. Poxa, Orange is The New Black quebrou meu coração ;-;


Stranger Things é a mais nova série do Netflix, e é DEMAIS. Eu terminei de assistir esses dias, a primeira temporada tem apenas oito episódios e cada segundo vale a pena.

O seriado começa quando Will Byers está voltando de uma sessão de RPG com os amigos Dustin, Lucas e Mike quando ele desaparece misteriosamente. Ninguém sabe o que aconteceu com ele, mas todos estão à sua procura. Quando a polícia da cidade organiza grupos de buscas, os amigos desesperados de Will também saem para procurar o amigo mas acabam encontrando Onze, uma garota com habilidades especiais que parece conhecer perigos inimagináveis.

Esse seriado é incrível. Sério. Nota dez. É uma mistura de terror com ficção científica, mas o seriado é super fofo, já que metade do elenco é composto por crianças. O seriado também é muito dramático, lidando com assuntos como luto e doenças mentais. Eu adorei a primeira temporada e mal posso esperar pela segunda!


Estou quase terminando a sexta temporada de Game Of Thrones e estou ficando sem ter o que fazer da vida. Meu namorado me fez gastar três horas da minha vida assistindo Interestelar, então eu fiz ele assistir o primeiro episódio de GOT. Acho que ele gostou, mas ele tem uma cara de paisagem muito boa. Espero que ele assista o resto pois preciso de alguém com quem discutir minhas teorias loucas de fetos que viajam no tempo.

Podcasts


Nessas férias eu não acompanhei muitos podcasts por que geralmente escuto os episódios novos andando de ônibus, mas fora meus amores The Black Tapes e TANIS, que eu não largo por nada, eu ouvi muito Dear Hank & John, o podcast dos irmãos Green. Eu adoro esse podcast, ouvi ele andando na rua para ir trabalhar, lavando a louça, pintando o cabelo ou simplesmente deitada na cama sem fazer nada. Eles tem um jeito descompromissado mas sério de ver as coisas, e eu adoro isso neles. É um dos meus podcasts favoritos.
________________________________

É isso por hoje, pessoal! Esse post ficou muito maior do que eu esperava, me desculpem pelo transtorno. Espero interessar vocês nessas coisas maravilhosas que eu assisti nesse mês, por que foram filmes/séries/podcasts espetaculares e todos deveriam vê-los.

Beijos e até a próxima! :*

Game of Thrones é um seriado sério sobre guerra e política, a corrupção
de nossas almas e sobre aprender a lutar por um bem maior.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Leituras do Mês - Julho


Olá, galerinha linda e cheirosa!

A noite de hoje é uma noite muito especial pois amanhã (?) irei fazer três (3) piercings novos! *todos comemora*. Eu tenho alguns piercings marotos na orelha e um alargador trevoso, além de um piercing captive no nariz. Vou furar o forward helix dos dois lados e fazer um orbital. Espero me encher de piercings com o passar do tempo. 

Update: eu só fiz os dois forward helix por que eles doeram tanto que eu perdi a coragem de fazer o terceiro. Mês que vem eu faço, hehe :v

Mas esse blog não é sobre piercings - ainda -, então bora ver quais foram as leituras do mês.

Quadrinhos

Ms. Marvel: Nada Normal Ms. Marvel #08 CW2
Neste singelo mês de julho eu li apenas dois quadrinhos. Eu reli o encadernado maravilhoso de Ms. Marvel - Nada Normal, lançado no Brasil pela Panini. É uma edição incrível, com capa dura, qualidade sem igual e um trabalho gráfico de encher os olhos. O segundo encadernado será lançado no Brasil em agosto e, a pesar de já ter lido em inglês, vou comprar para ter um na estante (e reler eventualmente).

Li também o volume oito do segundo arco da Ms. Marvel. Agora estamos nos aproximando dos eventos da segunda Guerra Civil. Desta vez temos Homem de Ferro vs. Capitã Marvel. A pesar de Kamala Khan amar a Carol Danvers e inspirar toda sua carreira como heroína nela, parece que não é desta vez que ela irá ganhar o apoio da nova Ms. Marvel. Eu só quero ver o circo pegar fogo.

Mangás

One-Punch Man - Volume 2

Em julho eu li o segundo volume de One-Punch Man. Okay, eu havia detestado o primeiro. Sério. Achei o primeiro bobo, sem graça, estranho demais. Mas o segundo foi melhor. Tivemos momentos mais engraçados, os personagens ganharam um pouco mais de personalidade, no geral foi uma leitura divertida. Ainda espero mais explicações sobre o mundo em que eles vivem, no entanto.

Livros

Coroa da Meia-Noite Herdeira do Fogo Dama da Meia-Noite Os Garotos Corvos

Ultimamente eu estou lendo muito pouco, e não consigo entender por que. Recentemente eu fiz um tour pelos meus posts antigos, de livros lidos em 2013 e 2014, e, cara, nossa, sério, eu lia demais. Eu chegava a ler 12 livros por mês. Como que pode eu estar mal conseguindo ler quatro livros num mês nos dias de hoje?

Enfim, eu julho eu li os volumes dois e três da série Trono de Vidro, Coroa da Meia-Noite (resenha) e Herdeira do Fogo (resenha). Tinha lido o primeiro livro em abril e gostado muito, li o segundo e me apaixonei completamente pela história e queria viver dentro dela, li o terceiro e caí de cara no chão de tão ruim que era. Jamais vou entender como a autora conseguiu pular de um livro espetacular como CDMN para um livro péssimo, tedioso, problemático e desnecessário como HDF. Eu pausei a leitura da série, por que me decepcionei demais com o terceiro livro e por que o quarto livro é super caro. Talvez um dia eu tente continuar com a série, por enquanto não vou trocar no skoob e tentarei manter as esperanças.

FINALMENTE li Dama da Meia-Noite, que tinha comprado há meses e nem tinha tirado do plástico. O livro é enorme (quase 600 páginas), e eu demorei um pouco para lê-lo, mas foi uma leitura espetacular. Em breve sai uma resenha =D

Por último, mas não menos importante, li Os Garotos Corvos, primeiro livro da Saga dos Corvos. Sempre tive expectativas altas para com essa saga, sempre vi gente postando montagens lindas no Tumblr e, obviamente, sempre quis ler. Comecei o livro gostando, lá pra metade eu estava meio perdida mas acabei gostando do livro, a pesar de ter esperado mais. Na verdade, o livro pareceu ser bem introdutório, acredito que o circo vai pegar fogo agora no livro dois. Principalmente por causa da última frase do primeiro livro (NÃO SE DEVE ACABAR LIVROS DESSA FORMA!). Já estou lendo o segundo, Ladrões de Sonhos.
_____________________________________

É isso por hoje, pessoas cheirosas. Me mandem dicas de como conseguir ler mais livros, por que ultimamente o negócio está deveras feio. Mas eu amo ler, é minha atividade favorita, e mesmo se eu só conseguisse ler um livro por mês já estaria feliz com isso.

Oh, não. Ele sobrevive.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Eu, Você e a Garota que Vai Morrer - O Filme

Título: Eu, Você e a Garota que Vai Morrer
Título original: Me and Earl and the Dying Girl
Tempo de duração: 105min
Direção: Alfonso Gomez-Rejon
Roteiro: Jesse Andrews (o autor do livro)
Gênero: Drama
É bom? ★★★★★
Sinopse: Greg (Thomas Mann) está levando o último ano do ensino médio o mais anonimamente possível, evitando interações sociais, enquanto, em segredo, está fazendo animados filmes bizarros com Earl (RJ Cyler), seu único amigo. Mas tanto o anonimato quanto a amizade dos dois é abalada quando a mãe de Greg o força a fazer amizade com uma colega de classe que tem leucemia.






Olá, pessoas lindas e maravilhosas! Como vocês estão?

Há um tempinho, eu escrevi uma resenha para o livro Eu, Você e a Garota que Vai Morrer (clique aqui para ler a resenha). Eu estava louca para ler este livro, e talvez isso tenha feito com que eu criasse expectativas altas demais e me decepcionasse. Um amigo meu, o Lucas (<3), havia assistido ao filme e dito que era muito legal, então acho que foi por isso que decidi trocar com alguém pelo skoob plus (ainda bem que foi só por um crédito).



Eu li o livro em três dias, tanto por que o livro é bem curtinho, tanto por que a escrita do autor era muito fluída. Eu gostei do começo da história, o final que foi um problema para mim. Quando terminei de ler o livro, estava com raiva. Por que a história tinha sido péssima, o autor colocou elementos racistas e elitistas em sua história (não estou dizendo que o autor seja racista e/ou elitista, apenas que ele colocou alguns tropes desse gênero que me irritaram) e eu, no geral, esperava muito mais do livro.

Conversando com meu namorado, o Fettuccini (pode ou não ser o verdadeiro nome dele, fica o mistério) (nem eu sei), expus todo o ódio que havia em minha alma em relação a este livro. Eis que eu menciono o fato de que existia um filme, e meu namorado decide assistir ao filme (pois ele não sabe ler), e depois de umas horas ele volta dizendo que adorou o filme. Isso aconteceu em abril.

Eis que, há duas semanas, eu estava na casa do meu namorado, tentando socializar com a gata dele, que aparentemente me odeia, quando ele sugere: "Nath, vamos assistir Eu, Você e a Garota que Vai Morrer?". Minha primeira reação foi: *grunhidos* "NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!!!". Mas, como eu sou trouxa, acabei cedendo e assistindo ao filme.

 
 
 
 

"Nós aprendemos muito cedo que éramos os únicos que gostavam, por exemplo, de clássicos do cinema estrangeiro. Por que gostávamos disso? É difícil dizer. Talvez por que eram estranhos e violentos, como nós. Ou provavelmente por que eram confusos e sem sentido, como a vida."

O filme começa parecido com o livro, e o começo do livro é divertido. O filme conta a história de Greg, um garoto que está no final do ensino médio que faz todo o esforço possível para não se destacar em nada e nem ter amizade com ninguém. Ele não quer fazer parte de nenhum grupinho, mas quer virtualmente conhecer e ser "amigo" de todas as pessoas em todos os grupos. Greg tem um único amigo mais próximo, Earl, com quem faz uns filmes caseiros que ele julga péssimos. Earl é o melhor personagem do filme e do livro.

No começo da história, a mãe de Greg conta a ele que Rachel, um garota que estudava com ele na escola judaica, está com leucemia. Por algum motivo, a mãe de Greg acha que ele deve se aproximar de Rachel, se tornar amigo dela, e tentar ajudá-la a superar a depressão que geralmente vem com o diagnóstico de câncer.

Durante a uma hora e meia do filme, vemos o Greg se abrir sobre seus filmes pela primeira vez com alguém fora o Earl, vemos Greg e Earl se divertindo e se metendo em roubadas e brigas, vemos Greg e Rachel formando uma amizade platônica (nada de romance, graças a nosso senhor Odin) e vemos três adolescentes tentando levar a vida para frente, cada um com seu conflito interno. 

O filme é diferente do livro em três aspectos: 01) a personalidade de Rachel, 02) a motivação de Greg para ser amigo de Rachel e 03) o final. Vamos dissertar e dissecar estes aspectos:


A Personalidade de Rachel

No livro, Rachel não tem personalidade. O problema é justamente este. Ela é uma garota que nunca fala nada, não tem nenhum interesse pessoal (no filme ela faz arte com papel), não tem nenhuma característica interessante, não parece feliz com a amizade do Greg ou triste por estar doente e, basicamente, no livro ela e o arco dela só servem para dar suporte ao arco do Greg. No filme, ela é uma personagem interessante, faz piadas engraçadas, ri das coisas, tenta de verdade se aproximar de Greg (depois de um tempo), mas é óbvio que ela está sendo lentamente consumida pela depressão. No filme, ela é uma personagem redonda, você se conecta a ela, e isso torna o filme emocionante. No livro, ela era só um nome que aparecia com frequência.


A Motivação de Greg Para ser Amigo da Rachel

No livro, Greg é um idiota e só se torna amigo de Rachel pois quer pegar a amiga dela, Madison. Sim, por isso e por que a mãe dele manda. Num dos primeiros capítulos, ele fala sobre as garotas por quem ele já se apaixonou, e Madison era uma delas. Durante o livro todo, ele vai se sentar com Rachel na escola por que quer ficar perto da Madison. Ele faz um filme para a Rachel pois quer pegar a Madison. Enfim, o livro se resume a isso.

No filme, Madison aparece e Greg tem uma queda por ela, mas ele acaba se tornando amigo de verdade de Rachel no filme (coisa que não acontece no livro) e no final das contas percebe que a amizade que ele tem com Rachel é mais importante do que a paixonite dele por Madison. Sério, o filme é muito melhor que o livro.



"Sabe, na escola e na faculdade nós somos forçados a passar vários anos das nossas vidas com grupos aleatórios de pessoas com as quais não temos nada em comum. É um pesadelo".

O Final

Este trecho contém spoilers, selecione o texto para ler.

No livro, quando Rachel morre, Greg não estava com ela nem muito menos se importava muito com a menina. Ele fica triste, claro, mas não liga demais para o assunto. Eis que a mãe de Greg passa o filme que Greg e Earl fizeram para Rachel (que no livro são apenas declarações de amigos e parentes da Rachel) no auditório da escola, e Greg fica puto. MUITO PUTO. Briga com a mãe dele, xinga todo mundo, diz que os filmes dele são uma merda, destrói todas as fitas que ele já fez na vida e decide desistir de tudo. Uma das últimas cenas é com Earl e Greg no restaurante de comida vietnamita que o professor de história deles recomenda. Earl, que no livro tem uma família disfuncional cheia de drogados e criminosos (o tal trope racista e elitista do qual falei, que não existe no filme), fala que vai ter que desistir do sonho de ir pra faculdade e ser cineasta pois tem que arranjar um emprego para ajudar a mãe solteira e alcoólatra a cuidar dos irmãos drogados e criminosos. Greg diz que também vai desistir da faculdade, não por algum motivo sério, mas por que ele é um idiota que não via as boas intenções da família dele, que fazia de tudo para que ele tivesse um futuro. Earl dá uma dura em Greg, que decide então escrever uma carta para a faculdade, e a carta é o livro dele. Ridículo. Simplesmente.

(Nada do que falarei a seguir acontece no livro) No filme, Madison convida Greg para ir ao baile de formatura. Greg aceita, mas de última hora acaba indo para o hospital onde Rachel está internada. Lá, ele mostra uma versão diferente do filme da Rachel, mais artística, com imagens super bacanas das pessoas mais próximas dela e outras coisas. Nisso, Rachel entra em coma e, depois de algumas horas, morre. Isso deixa Greg triste, mas ele consegue descobrir coisas incríveis sobre a Rachel mesmo depois da morte dela e isso faz com que ele tenha boas memórias da amiga. Como durante o filme todo a Rachel insiste para que o Greg faça faculdade, ele de fato se inscreve e o filme acaba. Não ouvimos mais nada do Earl, infelizmente, mas eu gosto de pensar que ele também foi para a faculdade.

Fim dos spoilers.

Enfim, eu sinceramente gostei o filme. Os filmes de Greg e Earl ganharam vida, os atores escolhidos foram ótimos e eu gostei muito, muito mais do final do filme do que do final do livro. O filme não é incrível, mas com certeza é melhor do que o livro. 

É isso por hoje, galera! Espero que tenham gostado dessa análise. Já leram o livro ou assistiram o filme? Comentem! \õ/

terça-feira, 19 de julho de 2016

Nath Escritora #03 - A Arena



         Olar, pessoas maravilhosas! Hoje trago-lhes o terceiro textaum maroto que a Nath escreveu. Espero que gostem!
____________________

      Fui acordada por meu pai quando estava usando meu pijama padrão: calças largas de moletom cinza e blusa preta de academia. Meu pai estava totalmente vestido, usando um terno bege de aparência cara e com os cabelos penteados para trás.

         - Está quase na hora – ele disse, apontando para o seu relógio de pulso de ouro. Faltava meia hora para três da manhã.

         Meu pai me puxou da cama e me levou para fora de casa, sem me deixar trocar de roupa. A cidade lá fora estava movimentada, mesmo sendo o meio da madrugada. Carros passavam como borrões e luzes de todas as cores piscavam por toda a parte. No entanto tudo estava escuro, como que envolto num filtro índigo e violeta.

         Fui empurrada para dentro do carro de meu pai, e então ele dirigiu pela cidade como um louco, fazendo curvas perigosas e falando no telefone celular. Eu não conseguia entender o que ele dizia, pois deveria ser em outra língua.

         Logo mais chegamos ao nosso destino. Meu pai desligou o carro, deixando o interior do veículo completamente imerso em escuridão azulada. Papai bateu no vidro do carro, pedindo que eu também saísse. Obedeci.

         Estava ventando forte lá fora e tudo parecia escuro, exceto a entrada de um edifício grande e cor de osso. A entrada era altiva e lembrava a entrada de uma igreja, exceto que aquela construção podia ser qualquer coisa, menos divina. Havia um símbolo desenhado numa bandeira violeta na entrada. O símbolo era vermelho e com desenhos de espirais entrelaçadas. Era lindo, mas assustador.

         Meu pai me guiou para dentro da construção e lá dentro era diferente de tudo o que eu imaginava. Tudo parecia bege e dourado, e havia vários homens e mulheres mais velhos usando roupas elegantes, como as de meu pai.

         Havia outros jovens como eu: garotos e garotas usando roupas violetas e índigo com o mesmo símbolo vermelho desenhado no peito. Outros adolescentes pareciam tão perdidos quanto eu, usando pijamas e roupas de moletom.

         As pessoas que obviamente já estiveram ali antes estavam comendo petiscos com aparência cara, provavelmente frutos do mar, e bebiam champanhe dourado em taças brilhantes. Um garoto de cabelos loiros usando pijamas confortáveis chegou perto de mim. Ele colocou as mãos em meus ombros com força, me apertando.

         - O que está acontecendo? – me perguntou. Parecia extremamente desesperado.

         De repente uma sirene soou e a sala ficou escura. Todos os adultos e os jovens de uniforme convergiram para uma porta do lado oposto da que eu tinha entrado.

         - Não faço a menor ideia – respondi, me livrando do aperto do garoto e deixando-o sozinho na escuridão.

         Segui a multidão e descobri que, do outro lado da porta, havia algo parecido com um estádio de futebol, mas sem o campo. Arquibancadas extensas existiam dos dois lados, mas os homens e mulheres elegantes só se sentaram perto da porta. Os adolescente formaram um barreira nas grades, se empurrando para ver o que havia lá embaixo. Cheguei mais perto e também vi.

         Do outro lado havia uma porta muito parecida, mas de lá saiam pessoas com roupas sociais escuras. Pareciam roupas caríssimas, mas sem pompa ou frescuras. Homens e mulheres – pais dos adolescentes? – ocuparam mais espaço nas arquibancadas enquanto jovens usando uniformes verdes e azul-turquesa, com um símbolo negro no peito, que lembrava garras pontudas, entravam por todos os lados e se penduravam nas grades.

         A arena lá embaixo era um pedaço de pedra escura cercada por água tão negra que não podia ser pura. Tochas de fogo azulado estavam acesas por toda a parte, e foi então que um adolescente de cabelos castanhos curtos de uniforme verde e azul-turquesa pulou para o meio da arena.

         Na minha visão, um pulo daqueles teria feito-o quebrar pelo menos três costelas e ambas as pernas, mas ele parecia muito bem. Ele levantou os braços e as pessoas do outro lado da arquibancada gritavam, enlouquecidas. Os adolescentes do meu lado começavam a vaiá-lo, e foi então que alguém empurrou o garoto de cabelos loiros de antes para o meio da arquibancada.

         Ele caiu com força, e o barulho de sua queda calou a todos no ambiente. Espantosamente, ele conseguiu ficar de pé alguns segundos depois, desorientado, mas bem.

         O garoto de uniforme turquesa não perdeu tempo esperando seu oponente se recuperar. Ele abriu a mão em frente a seu rosto e um facho de luz dourada surgiu ali. A luz dourada atraiu, de alguma forma, uma quantidade de ar em volta dele, fazendo com que seus cabelos ondulassem e suas vestes subissem, como se tivessem vida própria.

         A luz dourada desapareceu e o garoto loiro começou a flutuar, sem entender o que acontecia a seu redor. Ele foi atirado com força em direção à parede e uma cachoeira de sangue escorreu de seus lábios e nariz. O garoto escorregou lentamente e caiu na água. Ficou lá por dois longos minutos, até que o um número se materializou no centro da arena: 86.

         As pessoas do outro lado da arena gritavam de prazer enquanto seu guerreiro cerrava os punhos e encavara o chão. Parecia sentir dor. Os adolescentes anunciavam um grito de guerra bem ensaiado:

Lutamos ao lado dos homens bons
E nenhum feixe de escuridão pode existir
Onde há luz

         Do meu lado da arena, todos os adolescentes olharam para trás, e eu os imitei. Um homem em um terno preto e de gravada azul observava a arena, de pé, sem acreditar no que via. Depois de uns bons segundos de contemplação, a surpresa fugiu de seu rosto, sendo substituída por uma expressão séria.

         - Desapontamento. Isso é o que ele sempre foi – Disse, e saiu da arquibancada a passos lentos.

         As pessoas do meu lado esqueceram o homem rapidamente quando o lado oposto gritava para que mandassem mais alguém. Foi então que senti uma mão em meu ombro. Olhei para trás.

         Um garoto alto, de cabelos negros espetados num moicano punk e usando mais piercings do que eu podia contar, me encarava. Ele segurou minha mão e colocou algo dentro dela: um amuleto em formato de cristal, de cor roxa e pesado.

         - Me devolva depois – disse, e me empurrou para a arena.

         Caí de costas e fiquei no chão por uns bons 10 segundos. Eu ouvi vaias e gritos de encorajamento, levemente abafados por um chiado em meus ouvidos. Fiquei de pé, sentindo meu corpo doer, mas nada muito sério. O garoto de uniforme turquesa me encarava com um sorriso de vampiro, mas exalava hesitação.

         - Vou fazer algo diferente desta vez – disse, e andou em minha direção.

         Eu estava sem saber o que fazer e fiquei parada, assistindo ele se aproximar a passos sonoros. Quando vi que ele estava chegando muito perto, comecei a recuar, mas não pude mais andar quando meus pés chegaram nos limites da arena e tudo o que restava era água negra e turva. Ao estar frente a frente comigo ele tocou minha garganta com um dedo e eu senti todo o ar fugir de meus pulmões. Desabei sobre ele, segurando suas roupas e olhando-o nos olhos. Ele sorria, mas o sorriso não chegava aos seus olhos.

         Ele tinha poder, mas tinha medo de usá-lo.

         O amuleto ainda estava em minha mão, então tentei me concentrar nele. Senti a pedra ficando quente em minha mão direita, e o garoto recuou no mesmo instante. Vi que havia queimado sua roupa e sua pele onde a pedra tocava.

         Quando percebi que podia respirar novamentem eu pude ouvir a arena explodindo de gritos lá em cima. Não conseguia reconhecer ninguém, em nenhum dos lados.

         Eu estava sozinha.

         - Como fez isso? – O garoto me perguntou, incrédulo.

         Minha voz parecia muito enferrujada, então tudo o que fiz foi estender o amuleto para ele. Ao ver a pedra sua expressão tomou a escuridão à sua volta e ele parecia cheio de ódio. Hesitei, e foi então que o amuleto explodiu em chamas laranjas e amarelas em minha mão. Era quente, mas não me queimava.

         Instintivamente, joguei o amuleto longe. E foi então que uma cortina de fogo brilhante se estendeu à minha frente, queimando tudo o que estava ali.

         O fogo se dispersou alguns segundos depois, e tudo o que restava na arena era eu, com a expressão lívida, um cadáver carbonizado, e um amuleto brilhante entre nós.


         E um número 1 brilhante sobre minha cabeça.


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Herdeira do Fogo, de Sarah J. Maas

Herdeira do FogoAutora: Sarah J. Maas
Título original: Heir of Fire
Editora: Galera Record
É bom?: ★★
Páginas: 518
Sinopse: Celaena ressurge das cinzas ainda mais forte e letal. E parte em uma jornada em busca de uma obscura verdade: uma informação sobre sua herança e seus antepassados que pode mudar sua vida e o futuro de dois reinos para sempre. Enquanto isso, forças sinistras começam a despontar no horizonte e têm planos malignos para dominar o seu mundo. Agora, depende de Celaena encontrar coragem para enfrentar tais perigos, além de seus próprios demônios, e fazer a escolha mais difícil da sua vida.





Não sei exatamente como me sentir em relação a Herdeira do Fogo. Foi uma leitura conflituosa, e ao mesmo tempo em que haviam momentos em que eu estava adorando a leitura, havia outros em que eu queria pular algumas partes de tão chatas e quase cheguei a abandonar o livro em alguns momentos.

Eu gostei muito do primeiro livro, amei o segundo, mas quase não tive coragem de terminar o terceiro. Não sei como a Sarah J. Maas conseguiu criar essa inconsistência entre um livro e outro, mas vou tentar retomar tudo aquilo que gostei e não gostei no livro nessa resenha, que pode conter spoilers dos livros anteriores.

O primeiro livro de Trono de Vidro foi divertido, um livro com elementos fantásticos e uma trama interessante, uma leitura rápida e divertida. Sendo o primeiro livro, não teve muito aprofundamento na trama ou nos personagens, mas eu realmente gostei do começo da saga. Em Coroa da Meia-Noite, Maas conseguiu evoluir – e muito – as personagens principais (Celaena, Chaol e Dorian), dando um conflito diferente para cada um, evoluindo a personalidade deles, e isso me fez amar o livro (além de uma trama de tirar o fôlego que não te deixava parar de ler).

Como um livro tão bonito pode ser tão ruim?
Quando comecei o terceiro livro, estava cheia de expectativas, e talvez isso tenha prejudicado minha leitura até certo ponto. Eu esperava que Herdeira do Fogo seguisse a mesma linha do livro anterior, ou que até fosse melhor que o anterior, mas minhas expectativas foram destruídas logo no início.

Primeiro de tudo, Maas introduziu algumas personagens novas na trama, e dividiu a narrativa em quatro pontos de vista: 01) Celaena e sua jornada no continente feérico, 02) Chaol e Aedion trabalhando juntos por Celaena/Aelin, 03) Dorian e Sorscha, uma curandeira que o ajuda com seus poderes e é seu novo interesse romântico e 04) Manon, uma Bruxa de Dentes de Ferro, contratada junto com outros clãs de bruxas para lutar pelo Rei de Adarlan.


Aelin e Aedion quando crianças. | Dorian e Chaol quando crianças.

Ao mesmo tempo em que algumas das personagens novas eram interessantes, outras eram chatas e seus capítulos eram tediosos e longos demais. Mas o pior de tudo era: você lê um conflito interessante acontecendo no capítulo 1, por exemplo, daí o capítulo acaba num momento crítico, você quer saber o que acontece em seguida mas, infelizmente, os três capítulos seguintes são do ponto de vista de outro personagens, e você tem que ler umas cinqüenta páginas até voltar para o personagem do capítulo 1, e quando finalmente chega lá sua ansiedade e emoção já acabaram. Isso aconteceu durante o livro todo.

O pior de tudo é que, como se não bastasse a Maas ter introduzido várias personagens chatas, ela conseguiu tirar o charme e emoção das personagens já existentes. Dorian, personagem que eu não gostei no primeiro livro, ganhou um desenvolvimento muito bom no segundo livro, tanto por causa de seu crescimento como pessoa quanto pelo fato de ele ter magia. Eu adorei o Dorian no segundo livro. Nesse terceiro, ele se tornou uma personagem chata, e seu arco se resumiu a ele se apaixonar perdidamente por uma personagem nova muito chata e não fazer nada além disso.

Nos momentos em que acontecia alguma luta ou algo de fato interessante, a autora estendia esse acontecimento até ele se tornar tão tedioso que eu praticamente pedia para o capítulo acabar. Isso aconteceu principalmente nos capítulos de treinamento (brigas sem sentido) de Celaena.


Rowan nadinha vs. Nehemia Rainha (sdds).

E eu detestei o Rowan. Eu queria muito que Chaol e Celaena ficassem juntos, mas não odiei Rowan por ele ser um potencial interesse romântico para Celaena no futuro. A questão é que ele é um babaca abusivo, e eu jamais vou entender como alguém pode gostar dele e muito menos shippar ele com a Celaena. O cara bate na Celaena, não apenas por que ele está treinando ela, mas por que ele é um idiota que não sabe a diferença entre uma luta com regras e obediência, onde a luta serve para evoluir o corpo e a mente, e uma briga idiota entre duas pessoas que se odeiam. E as lutas (ou melhor, brigas em que Celaena só apanha por ser pelo menos um milênio mais jovem – e, consequentemente, um milênio menos experiente – do que Rowan) me davam nos nervos, não era uma luta com finalidade de aprendizado, era só Rowan querendo inflar seu ego e mostrar como ele era superior. Como se não bastasse, ele a todo momento dizia que Celaena era uma idiota inútil, uma covarde, que preferia que ela morresse, entre outras coisas. Ele ainda toca nas feridas psicológicas dela constantemente, o que me fez ter mais ódio ainda dele. Nunca vou aceitar o Rowan como mocinho, muito menos como interesse amoroso da Celaena.

Manon Bico Negro, umas das novas personagens da trama.
Mas o livro não foi de todo ruim. A pesar de ser em grande parte uma leitura lenta e, sim, tediosa, houveram momentos interessantes e acontecimentos importantes que com certeza irão moldar a série. Eu gostei de Aedion, primo de Celaena introduzido nesse livro, a pesar dos capítulos dele serem muito chatos. Eu gostei de Manon e das bruxas, mas alguns momentos do arco dela eram muito tediosos e eu pulei, sim, uns dois ou três capítulos dela. Foi uma pena a autora não conseguir manter o ritmo dos livros anteriores.

Eu não gostei deste livro, sinceramente. Eu realmente pensei em abandonar várias vezes, principalmente do meio para o final. No entanto, as últimas cinqüenta páginas do livro foram interessantes, muita coisa importante aconteceu e eu terminei o livro com a sensação de que queria ler o próximo, mas não agora. Eu definitivamente irei ler Rainha das Sombras um dia, mas não vou comprar agora (principalmente por que está quase 50 reais em praticamente todas as lojas online). Talvez eu precise dar um tempo desta série antes de encarar um livro de mais de 600 páginas que eu posso não gostar.

Resumindo, me decepcionei. Mas ainda tenho fé da série.


   

 Empire of Storms