sexta-feira, 15 de abril de 2016

A Garota no Trem, de Paula Hawkins

A Garota No TremAutora: Paula Hawkins
Título original: The Girl On The Train
Editora: Record
É bom?: ★★ 
Páginas: 378
Sinopse: Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas dágua, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.  Uma narrativa extremamente inteligente e repleta de reviravoltas, A garota No Trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.

Esse livro, desde o começo, me proporcionou uma leitura estranha. Eu tinha uma sensação esquisita desde o início da leitura, que só acabou quando eu finalmente terminei o livro. Não era uma sensação ligada ao livro, mas talvez ao clima da história.

A Garota no Trem conta a história de três mulheres diferentes, mas com vidas que se cruzam em determinado momento. Rachel é a personagem principal, ela é uma alcoólatra, foi despedida do emprego e vive de favor com uma colega. Sua vida passou a ir de mal a pior quando descobriu que seu ex-marido tinha uma amante. 

Megan teve uma adolescência complicada e vive um relacionamento abusivo, com um marido que observa tudo o que ela faz e limita sua vida. 

Anna se casou com o homem dos sonhos e tem uma linda filha, mas é assombrada pela ex-mulher de seu marido, uma mulher alcoólatra que nunca superou a separação.



Rachel pega, todos os dias, um trem para Londres. Ela costumava pegar esse trem para ir ao trabalho, mas continua pegando-o agora que foi despedida para fingir que ainda tem um emprego e que sua vida não é o desastre total que todos parecem achar que é. Todos os dias o trem para num mesmo ponto, e nesse ponto Rachel é capaz de espiar a vida de um casal que mora perto dos trilhos, a quem ela chama de Jess e Jason. Eles são um casal perfeito em sua cabeça, ela inventa trabalho e vida social, passado e hobbies para seus personagens fictícios. Um dia, porém, a fantasia que ela tinha de que Jess e Jason são um casal perfeito é quebrada quando ela vê uma cena estranha acontecer, da janela do trem.
Eis que, num sábado, Rachel fica bêbada novamente e volta para casa ferida, sem se lembrar exatamente do que aconteceu – ela tem muitos apagões quando está bêbada –, mas com uma mensagem de voz furiosa do ex-marido Tom, dizendo para não perturbar mais a ele, sua esposa, Anna, e sua filha, Evie. Rachel não consegue se lembrar do que aconteceu para que Tom ficasse tão nervoso.

Quando Rachel pega o costumeiro trem no dia seguinte, ela descobre que Jess – que se chama, na verdade, Megan – está desaparecida. Rachel tem uma pista sobre o que pode ter acontecido com Megan, mas ela não conhecia a mulher de verdade, apenas via ela pela janela do trem. Será que isso será o suficiente?


Já saíram várias imagens da Emily Blunt como Rachel na adaptação cinematográfica.
Enquanto tenta lidar com seu problema com a bebida e a falta de confiança que todos ao seu redor tem nela, Rachel tenta ajudar Jason – que se chama Scott – a provar sua inocência. Ela acredita que Jason é uma boa pessoa. Rachel se envolve na vida de Scott, na investigação e volta a entrar no radar de Tom e Anna, que por acaso moram perto da casa onde Megan morava. Anna não suporta a presença de Rachel ali perto. Scott está desesperado. Rachel acredita que tem um dever de ajudar Scott e, se possível, salvar Megan do que quer que tenha lhe acontecido.

O livro é estranho. É incrível, bem escrito, a escrita é cativante, mas é difícil realmente gostar de algum personagem. Eu tinha pena de Rachel, torcia para que ela melhorasse de vida, mas não chegava a gostar dela de verdade. Os personagens masculinos foram todos representados como machistas, então era impossível gostar de qualquer um deles. Megan e Anna são personagens estranhas, sua opinião sobre elas muda a todo o momento durante a história.

Eu adorei o suspense do livro. Era realmente viciante, eu queria ler mais e mais e saber logo o que tinha acontecido. O mistério não é tão misterioso quanto falam, pois eu tinha adivinhado grande parte do final mais ou menos no meio do livro, mas a FORMA como o livro termina, como as coisas se revelam, é de fato interessante. 

Eu gostei do livro, a pesar de ter sido uma leitura estranha. Toda vez que eu pegava o livro para ler eu tinha uma sensação estranha, uma sensação que eu queria que passasse, mas eu não queria parar de ler o livro. Não sei se foi só comigo. Mas me sinto mal lendo livros sobre abuso emocional, e esse livro é basicamente sobre isso.

Assista o teaser trailer da adaptação (cenas fortes!):


Um comentário:

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