terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Charlotte Street, de Danny Wallace

Charlotte StreetAutor: Danny Wallace
Título original: Charlotte Street
Editora: Novo Conceito
É bom?: ★★★
Páginas: 400

Sinopse: Tudo começa com uma garota... (porque sim, sempre há uma garota...) Jason Priestley acabou de vê-la. Eles partilharam de um momento incrível e rápido de profunda possibilidade, em algum lugar da Charlotte Street. E então, em um piscar de olhos, ela partiu deixando-o, acidentalmente, segurando sua câmera descartável, com o filme de fotos completo... E agora Jason — ex-professor, ex-namorado, escritor e herói relutante — se depara com um dilema. Deveria tentar seguir A Garota? E se ela for A garota? Mas aquilo significaria utilizar suas únicas pistas, que estão ainda intocáveis em seu poder... É engraçado como as coisas algumas situações se desenrolam...



O que falar sobre Charlotte Street? 

Posso dizer que tive uma relação de amor e ódio para com este livro. Quando vi a capa dele e li a sinopse pensei: esse livro vai ser um estouro. Ele chegou na minha casa e eu abri ele no mesmo segundo e comecei a ler (não to exagerando, iniciei a leitura logo que ele chegou). Não sei, mas não é aquela velha história das expectativas. Não, minhas expectativas nem eram muito altas. Na verdade, a editora me enganou com uma sinopse.

Não me entenda mal, caro leitor. A sinopse do livro fala exatamente o que ele é, mas eu entendi errado, digamos assim. Afinal, Jason Priestley (homônimo de um dos atores de Barrados no Baile) realmente viu uma moça linda na rua com quem pensou ter tido uma troca de olhares mágica e no meio da confusão ficou com a câmera dela. Sim, isso é verdade.

Jason fica doidinho pela moça e quer saber quem ela é e assim ele usa as fotos que estavam na câmera para procurar pistas. O livro é isso. Mas eu pensei que ele seria mais romântico. No entanto, a moça que Jason viu e ficou apaixonado aparece duas vezes no livro e fim.

De qualquer forma, a minha decepção morreu na página 150. Sim, eu estava inconformada. Eu achava que o Jason ia encontrar com a moça logo e ia passar o livro tentando conquistá-la. Não, não é assim. Mas eu gostei do livro da mesma forma por que imaginei um enredo completamente diferente e o autor me veio com algo melhor do que eu imaginava que seria.

Depois do Mágico Encontro de Jason e a Garota Misteriosa tudo acontece. Jason, com a ajuda de Dev, seu melhor amigo - com quem divide um apartamento sobre a loja na qual Dev trabalha -, tenta encontrar a garota. Eles revelam as fotos e tentam a partir dela seguir pistas - que não os levam a lugar algum.

Para melhorar o clima de humor da história, Jason trabalha como crítico num jornal. Ele critica restaurantes, bares, livros, filmes, documentários e biscoitos. O livro ganha um toque bem engraçado por causa disso.

Com personagens apaixonantes e muito humor, eu adorei Charlotte Street. Mas a história dele não é uma coisa INCRÍVEL. É apenas algo legal de acompanhar. Nem se compara a um drama de verdade. Mas eu particularmente gostaria que virasse filmes assim como com Yes Man. E espero que Sim, Senhor venha em formato de livro para todos nós õ/

Recomendado!

  

Achei essas capas do livro pelas internets. A que mais gostei foi a brasileira mesmo... As outras eu não gostei muito. A capa brasileira é linda, afinal <3
Então, já leram Charlotte Street? Pretendem ler? Me contem!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Não Brinque Com Fogo, de John Verdon

Não Brinque Com FogoAutor: John Verdon
Título original: Let the Devil Sleep
Editora: Arqueiro
É bom?: ★★★
Páginas: 400

Sinopse: No ano 2000, um criminoso que ficou conhecido como Bom Pastor matou seis pessoas em estradas, dentro de seus carros em movimento. Na época, ele enviou um manifesto à polícia no qual deixava claras suas motivações: uma cruzada solitária contra a ganância. Após o sexto assassinato, no entanto, encerrou a matança e nunca foi descoberto. Dez anos depois, uma jovem estudante de jornalismo está fazendo um documentário sobre os familiares das vítimas quando coisas estranhas começam a acontecer em sua casa. Objetos são trocados de lugar, maçanetas são afrouxadas, luzes se apagam sozinhas. Assustada, ela contrata Dave Gurney como consultor. Depois de ler o material sobre o caso – incluindo o perfil psicológico do assassino elaborado pelo FBI –, o detetive coloca em dúvida toda a lógica da investigação. Ao confrontar os agentes responsáveis, porém, Dave percebe que está mexendo em um ninho de vespas, o que fica evidente quando até pessoas que o apoiaram no passado se voltam contra ele. 

Esta resenha tem spoilers pequenos dos livros anteriores, Eu sei o que você está pensando e Feche bem os olhos.

Não Brinque com Fogo é o terceiro livro da série David Gurney e, na minha opinião, o melhor de todos. Os livros desse autor são conhecidos pelos roteiros completamente desafiadores e muita gente acha que é impossível cumprir tudo o que a sinopse promete. 

Sinceramente, até eu achei que era uma coisa impossível até ler o primeiro livro, Eu Sei o que Você Está Pensando, e me apaixonar por toda a história criada por John Verdon.

O terceiro livro começa alguns meses depois do final de Feche Bem ao Olhos. Dave foi baledo no final do segundo livro e ainda apresenta seqüelas de tudo o que aconteceu. Além de ter se tornado extremamente paranóico, ele tem tido dificuldade para fazer algumas tarefas diárias e tem sido incomodado com um incomodo zumbido no ouvido que, ao que tudo indica, nunca vai sumir.



John Verdon é um senhor deveras gente fina
Afastado do departamento de polícia, a vida de Gurney está cada vez mais sem emoção. Até o dia em que sua amiga jornalista Connie Clarke liga para ele, pedindo que auxilie sua filha a fazer um documentários sobre os sobreviventes e parentes de vítimas de serial killers que nunca foram pegos pela polícia. Kim Corazón é muito diferente da mãe, ainda que ambas tenham a mesma profissão. Dave logo percebe que Kim é muito emocional e que está se entregando até demais para seu documentário, que foi comprado pela RAM-TV. O foco que ela arranjou foi entrevistar os parentes das vítimas do assassino Bom Pastor, que fez seis vítimas há 10 anos e nunca foi pego.

Dave aceita auxiliar a mulher mas, conforme se aproxima dela e dos entrevistados, começa a perceber coisas estranhas. Alguns dos familiares sentem falta do ente querido que se foi, alguns acham que o Bom Pastor merecia um aperto de mão pelo que fez, outros são completamente indiferentes ao que aconteceu. E Kim, no meio de toda essa bagunça, está sendo assombrada por alguém, que ela acredita ser seu ex-namorado. Essa pessoa afrouxa as lâmpadas da casa dela quando ela não está, tira coisas do lugar, esconde facas e deixa sangue pingado no chão. Dave não acha que seja coincidência que essas coisas estejam acontecendo bem depois que ela começou a gravar o documentário, mas não diz nada a princípio.

Conforme estuda o caso, que foi arquivado e nunca solucionado, Dave descobre outras coisas estranhas com o auxilio de seu amigo Jack Hardwick, que despreza veemente o FBI e deixa arquivos confidenciais irem parar nas mãos de Gurney. Dentre essas coisas está o fato de que o Bom Pastor escreve e age como pessoas diferentes, a ligação das vítimas é fraca demais e parece que, para um caso de repercussão nacional na época, foi muito mal investigado e é cheio de furos.

Gurney decide desvendar o caso por si mesmo e acaba se envolvendo até demais na história do Bom Pastor. Mas, ao mesmo tempo que as coisas ficam perigosas para ele, Gurney acaba criando laços com seu único filho, de quem nunca foi muito próximo, e está cada vez mais próximo de sua mulher, com quem tem tido problemas de relacionamento. Mais do que um livro policial, Não Brinque com Fogo é um livro sobre família, amor, respeito e a falta de todas essas coisas. John Verdon, além de ser um mestre do suspense policial, é um mestre do drama. Mal posso esperar para que o quarto livro seja lançado e peço todas as noites para que a série seja adaptada para o cinema ou para a televisão.

Queria que mais pessoas conhecessem essa série incrível.

  

Essas são as capas que encontrei do livro fora do Brasil. É bem raro de eu gostar de todas, mas eu realmente gostei dessas capas, principalmente a brasileira! Dou um destaque especial à primeira capa acima por captar perfeitamente a trama do livro em uma imagem *w*
Enquanto eu fazia uma pequena pesquisa para este post descobri que John Verdon já está escrevendo o quarto livro da série Dave Gurney, e o nome é Peter Pan Must Die (em tradução livre, "Peter Pan deve morrer").


Do jeito que a Arqueiro é rápida tenho certeza que o livro vai chegar no Brasil bem rapidinho! Estou louca para ler e ter mais um livro desse autor incrível na minha estante <3
E então pessoas, já leram algum livro do John Verdon? Pretendem ler? Me contem! =D