domingo, 25 de agosto de 2013

Lola e o garoto da casa ao lado, Stephanie Perkins

Lola e o Garoto da Casa ao LadoAutora: Stephanie Perkins
Título original: Lola and the boy next door
Editora: Novo Conceito
É bom?: ★★★★★
Páginas: 288
Sinopse: 
A designer-revelação Lola Nolan não acredita em moda… ela acredita em trajes. Quanto mais expressiva for a roupa — mais brilhante, mais divertida, mais selvagem — melhor. Mas apesar de o estilo de Lola ser ultrajante, ela é uma filha e amiga dedicada com grandes planos para o futuro. E tudo está muito perfeito (até mesmo com seu namorado roqueiro gostoso) até os gêmeos Bell, Calliope e Cricket, voltarem ao seu bairro. Quando Cricket — um inventor habilidoso — sai da sombra de sua irmã gêmea e volta para a vida de Lola, ela finalmente precisa conciliar uma vida de sentimentos pelo garoto da porta ao lado.



Bom. Lola. Anna. Impossível não comparar.

Assim como Cricket, vou contar uma histórinha para vocês: era uma vez uma menina que lia muitos livros. Um dia, a mãe dessa garotinha deu trinta reais na mão dela e disse: compre um livro.

Naquela época ela ainda não tinha um gosto tão definido e comprava qualquer livro que o dono da livraria dissesse que era legal. Ela perguntou com seus olhos inocentes qual livro ele recomendava e, quando ele estava prestes e dizer para que ela comprasse uma aventura, a filha dele, de 17 anos, saiu de trás do balcão com lágrimas nos olhos e estendeu Anna e o Beijo Francês para essa garotinha, gritando "COMPRE UM DESSE, É LINDO!!". A menina decidiu levar o livro.

A autora e seu cabelo com mexas
azuis *O*

Chegando em casa, ela pesquisou sobre o livro. Viu gente falando superbem, que era uma história linda, engraçada, romântica e etc. Ela decidiu ler o livro e não achou nada demais. É isso. Eu gostei de Anna, mas não achei diferente de nenhuma das mil histórias de amor que estão por aí.

Mas Lola me emocionou.

Espera aí, Nath. Está me dizendo que achou Lola mais legal que Anna?

Sim, estou.

Desde os personagens, o ambiente e a história em si, Lola me encantou muito mais que Anna. 

Lola e o Garoto da Casa ao Lado (eita título longo) conta a história de uma garotinha chamada Dolores "Lola" Nolan. Ela tem 17 anos e muito estilo. Adora usar roupas coloridas e escandalosas, passa quilos de maquiagem todos os dias e usa perucas malucas e coloridas. Além disso, ela tem dois pais (sim, um casal gay que é simplesmente muito fofo. Adorei os pais da Lola, Andy e Nathan) e um namorado roqueiro maravilhoso chamado Max (diga o que quiser mas EU GOSTEI DO MAX!!!!!).


No entanto, a vida de Lola é muito mais intrincada que isso. E, é claro, ela tem um passado. Um passado envolvendo os irmãos gêmeos Bell. Calliope era sua amiga e as duas sempre foram muito unidas. As duas brincavam juntas de boneca e se divertiam muito. E nessa equação também está incluído Cricket, um garoto. Sim, os gêmeos Bell são um garoto e uma garota. Ambos tem cabelos negros e olhos azuis. Além de serem bem magros e altos. Isso torna Calliope linda para a patinação artística (sua carreira) e faz com que Cricket pareça desajeitado. A questão é que Calliope sempre teve muito ciúmes de seu irmão e nunca gostou que ninguém chegasse perto dele. Incluindo Lola.

Um dia Calliope decide que não gosta mais de Lola por ~ algumas razões que seriam classificadas como spoiler ~ e as duas deixam de ser amigas, além de Lola também se afastar de Cricket por causa disso.

Num belo dias, a família Bell se muda para longe de São Francisco e Lola acha que pode seguir sua vida. Ela conhece um rapaz muito bonito, inteligente e talentoso chamado Max, que canta em uma banda de rock, e os dois se apaixonam. No entanto, os pais de Lola, Andy e Nathan, não aprovam o namoro e fazem de tudo para dificultar o romance dos dois.

Até que, num outro belo dia (não tão belo assim) a família Bell resolve voltar para São Francisco e (surpresa!) voltam a morar na casa ao lado. Sim, continuam como vizinhos de Lola. E, a partir disso, Lola se envolve em várias situações loucas e (engraçadas) românticas envolvendo o tal do Cricket Bell.

Ficam lindos na estante, esses dois <3
Eu achei Lola mais legal que Anna por que:
1) A Lola não me dava nos nervos;
2) Os personagens (Calliope, Max, Andy, Nathan, Nora, Lindsay) são muito mais legais do que a maior parte dos amigos da Anna da França;
3) O Cricket é lindo e faz o meu tipo (garotos altos dominam. Desculpe, St. Clair);
4) O Max também é lindo (pois é).

Acho que isso é apenas minha opinião, mas em Lola e Stephanie Perkins já estava mais experiente em escrita e fez um trabalho melhor. Só acho. 




Estes três livros fazem parte de um companion novel. Não sabe o que é? A tia Nath explica! É quando um autor segue escrevendo vários livros sobre o mesmo tema, mas nem sempre com os mesmos personagens e nem com o mesmo objetivo. A questão é que você pode ler qualquer livro da série em qualquer ordem e não vai perder nada, já que cada história é independente.

1 - Anna e o Beijo Francês
2 - Lola e o Garoto da Casa ao Lado
3 - Isla and the Happily Ever After

Ah, lembram do Josh do primeiro livro? Amigo do St. Clair, desenhista? Bom, ele que é o par romântico da Isla no terceiro livro! Estou feliz com isso, já que eu gostava muito dele <3
Mas e você? Já leu Anna? Já leu Lola? O que achou? Está ansioso por Isla? Me conte!
Beijos!

sábado, 10 de agosto de 2013

Refém da Obsessão, de Alma Katsu

Refém da ObsessãoAutor: Alma Katsu
Título original: The Reckoning
Editora: Novo Conceito
É bom?: ★★★
Páginas: 352
Sinopse: 
Havia uma parte em Lanny que queria ser punida. Um pedaço de seu coração que acreditava que ela merecia o horror de ser imortal, a tristeza de ver todos aqueles que amara partirem, enquanto ela só podia conviver com as perdas e as lembranças. Terríveis e solitárias lembranças. Este “dom”, oferecido pelo mais malvado dos homens, Adair, era, para ela, a resposta a uma pena que ela deveria cumprir. Mas, apesar das culpas e do castigo que pensava merecer, ela ainda sonhava. E esperava ser redimida por ter dado a Jonathan — seu grande amor — o esquecimento que purifica todo ser de sua dor: a morte.




"Os escravos não podem amar seus mestres"

Quando li a última frase de Ladrão de Almas, eu sabia que precisava ler a continuação. A trilogia The Taker não é uma história para qualquer um: é mais que um romance paranormal, é mais que um drama e, definitivamente, é mais que eu esperava que fosse.

Em Refém da Obsessão a história começa um pouco depois do fim de Ladrão de Almas. Lanore e Luke estão vivendo juntos na França. Ela ainda sente falta de seu amado Jonathan, mas parece feliz com Luke. Ele a convenceu a doar parte de seus objetos históricos e ela se sente menos apegada ao se passado quando ela sente que Adair está de volta. Ela não sabe como, mas ele conseguiu sair da prisão subterrânea. Agora ela tem que fugir dele a todo custo. E, talvez, seja melhor ir sozinha. Luke não está nos planos de Lanore.

Já do outro lado do oceano Adair acaba de ressurgir de uma casual demolição. Ele ainda usa as roupas de mais de 200 anos atrás e se sente desnorteado. A única de suas criações que está vivendo perto dali é Jude, e ele o procura. Jude, o antigo falso pastor, ensina Adair como viver no mundo atual e o ajuda a recuperar dois de seus mais importantes livros de feitiços. Jude não gostava de Adair antes e não gosta agora, mas ele acredita ser mais sábio ficar do lado do único homem que pode matá-lo do que tentar desafiá-lo. Mas os 200 anos livre de seu "mestre" foram muito úteis para ele, que conseguiu ficar muito rico e obteve muitos contatos.




No entanto, mesmo enfurecido por ter perdido 200 anos de sua vida no subsolo, Adair não quer matar a responsável por isso: Lanore. Ele mudou muito. Mesmo ainda sendo cruel, frio e, muitas vezes, insuportável, Adair sabe que ama Lanore mais do que já foi capaz de amar qualquer outra pessoa, e ele a quer para si. (Cá entre nós, Adair não ama Lanore, ele é obcecado por ela, doente, maluco. Isso tudo é no mal sentido, por que não existe sentido bom em ser louco por alguém).

Uma das coisas que mais me lembro de Ladrão de Almas é que eu gostava muito mais das partes em que Lanore narrava seu passado em primeira pessoa do que as cenas do presente narradas em terceira pessoa. Já em Refém da Obsessão esse quadro se inverte: me vi ansiando pelas cenas de Adair, narradas em terceira pessoa, do que as cenas narradas em primeira pessoa por Lanore. Não que as partes dela fossem ruim, mas as do Adair eram INCRÍVEIS. Ele ainda é meu personagem favorito da série, a pesar de eu achar ele um grandessíssimo filho da puta.

Mesmo a história se passando no presente, há muitos flashbacks; tanto de Adair (o que nos faz descobrir mais sobre suas origens do que já sabíamos) tanto quanto da Lanore. E, admito, acho as partes narradas em 50, 100, 500 anos atrás tão interessantes quanto as atuais. Alma Katsu tem um dom de falar do passado que praticamente me fez aparecer na tenda de um velho alquimista e no castelo de um famoso poeta.


Mais do que uma história paranormal, Refém da Obsessão é uma história sobre imortais extremamente humanos, cada um com seus defeitos e qualidades, cada um estragado pela sociedade na qual nasceu, cada um vivendo um presente torturado e desejando a morte. Será mesmo que a vida eterna é uma boa escolha? Você, que está lendo, gostaria de viver até o fim dos tempos, com toda a culpa de todas as coisas erradas que já fez o atormentando? 

Eu posso não ser imortal, mas sei que esse livro será lido por pessoas daqui a 10, 100 e mil anos. É uma obra prima, e fico feliz de ter nascido na época em que foi escrita. 



   

Essas são algumas das capas que encontrei pelas internets. Eu particularmente prefiro a última.

E você, já leu Ladrão de Almas? E Refém da Obsessão, já leu? O que achou? Quais capas mais gosta?
Beijos!

EDIT - 01/06/2016: Parece que a Novo Conceito não vai mais publicar o último volume no Brasil :'(