sexta-feira, 4 de maio de 2012

Resenha de Estilhaça-me, de Tahereh Mafi


Estilhaça-me

Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser uma guerreira.




Título: Estilhaça-me
Autor: Tahereh Mafi
Número de Páginas: 304
Editora: Novo Conceito


Estilhaça-me é o que chamo de livro-predador. Ele atrai o leitor de forma mística com a capa e acaba por devorá-lo com a história. Ou, no caso, estilhaça o leitor em mil partes diferentes.

A capa metalizada foi uma aposta certeira da editora. A arte interna do livro é magnífica, o que torna o livro extremamente atrativo. O kit que a editora montou ficou lindo, com uma bolsa moderna (que eu uso toda semana pra ir ao curso de inglês, meu livro cabe certinho *~*') e um marcador que, depois que comecei a leitura, entendi que tinha tudo a ver com o livro.

Estilhaça-me conta a história de Juliette, uma garota confinada numa prisão/hospício, numa cela mínima, com conforto mínimo e apenas com a ilustre companhia de uma caneta quebrada e um caderno de anotações.

Eu costumo criar expectativas quanto a livros e, por isso, me decepciono muitas vezes. Mas, por algum motivo misterioso, eu não criei nenhuma expectativa pata com Estilhaça-me. O que foi um ponto positivo, que me fez gostar mais ainda do livro.

Confesso por meio desta que eu não esperava nada do livro. Achei que seria mais uma distopia (depois do lançamento do primeiro livro da trilogia The Hunger Games, distopias começaram a brotar em solo nada fértil). Ouvi gente dizendo que parecia até com X-men! Eu nunca gostei muito de heróis americanos (só do Super Shock e do Batman) e pensei "Será que esse livro é tudo o que falam?".

Eu não tenho preconceitos com relação a narração: meus livros favoritos são narrados tanto em primeira quanto em terceira pessoa. O único problema da narração é primeiro pessoa é a mente da personagem se tornar uma grande plantação de abobrinhas. 

O livro, apesar de todas as minhas ideias desanimadoras, não foi ruim. Juliette sempre foi uma menina solitária, porém nunca ficou revoltada por causa disso. Ao invés de querer estourar os miolos das crianças que a detestavam, Juliette as ajudava e, às vezes, ficava com a culpa delas para poder ter amigos. Mas isso nunca funcionou a seu favor.

Eis que, quando mais velha, um acidente ocorre (é spoiler, não vou dizer o que acontece) e Juliette é levada da vida que conhece para um lugar pior: uma cela onde vive completamente isolada do mundo. Depois de 264 dias de solidão, eles colocam um rapaz junto dela.

Adam era um antigo colega de classe de Juliette e ela tenta entender como ele, seu único "amigo" de escola, foi parar na mesma prisão/manicômio que ela.

O livro é lotado de frases grifadas, que ajudam a entender os pensamentos que Juliette não tem intenção de compartilhar, os pensamentos que ela prefere que fiquem guardados dentro de si. Às vezes pensamentos infantis, às vezes pensamentos extremamente adultos.

O engraçado é que perto de Adam ela é uma safadinha. A frase "eu vou memorizar cada parte do seu corpo coma boca" foi um tanto quanto suspeita (frase sujeita a alterações no livro. Como todos que assistiram ao seriado SHERLOCK sabem, a memória humana é apenas 62% exata. O livro está longe, não vou pegar pra caçar essa frase u.u).

Uma coisa que me incomodou muito foi o repentino romance entre Juliette e Adam. Tá que eles se conheciam há tempos, mas eles nunca mantiveram contato nem nada parecido, como a própria Juliette diz. Amor a primeira vista? Ah, isso é meio complicado. Com toda a sinceridade do mundo, acho mesmo é que a Juliette estava tão sozinha que caiu de amores pelo primeiro cara que não a detestava. 

O livro tem muitas cenas semi-hot (semi por que, sempre que algo iria acontecer, alguém atrapalhava). Juliette é muito safadinha, meu Deus, alguém segura essa garota!!

O livro tem uma boa história, mas ainda acho que o primeiro volume da trilogia foi extremamente introdutório. Nos outros volumes, espero que muitas perguntas sejam respondidas e que os personagens com poderes sejam bem explorados.

E, uma última declaração: eu adoro o Kenji *~*'

3 comentários:

  1. Oi!
    Já li "Estilhaça-me" e amei. Mesmo o final não sendo um dos melhores, gostei muito.
    Espero que a continuação seja ainda melhor.
    Amei a resenha!
    Abraço...

    "Palavras ao Vento..."
    www.leandro-de-lira.com

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  2. Oi Nath!
    Já li Estilhaça-me e me apaixonei pela história,espero ansiosa pelas continuações.Adorei sua resenha,foste muito sincera em teu parecer.
    Se puder passa lá no blog,temos editora nova como parceira e precisamos da força doas amigos.
    Bjos Fabi
    http://roubando-livros.blogspot.com

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  3. Leandro: Achei o final fraco também, deveria ser algo pra nos deixar ávidos pelo próximo, e não um tão... "Tá, né..."


    Fabiane: Eu gostei do livro, mas não achei AQUELA coisa, sabe? Quelo ler a continuação mais por curiosidade msm.

    Já comentei lá =D

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